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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Reiki E Seu Paralelismo Com As Tradições Religiosas

A História da Terapia Holística aponta a origem de muitas das técnicas que utilizamos, como nascidas das milenares práticas sacerdotais.

Análise de sonhos, vivências, regressão, progressão, arteterapia (danço e canta inclusos), fitoterapia, aromaterapia, para citar algumas, eram tradicionalmente utilizadas pelos xamãs das mais variadas culturas.

Assim sendo, é natural que encontremos também para o
Reiki, várias similaridades com ritos adotados nas religiões e filosofias espiritualistas.
Nas tradições ocidentais, encontramos a imposição de mãos, na maioria das citações, como algo benéfico a quem recebe, ora como benção, ora como "cura miraculosa", ora como transmissão de conhecimento, de missão, de autoridade e poder, muitas vezes como rito de iniciação e, até mesmo, um perdão. Também há passagens de exceção, em que os "pecados" são transmitidos para quem se impôs as mãos, sendo estes sacrificados em seguir, como parte das mortes rituais (de animais ou humanos), bem como trechos em que se alerta sobre riscos de pegar para si as mazelas da pessoa sobre quem se faz a aplicação, além de utilizar-se as mãos também para amaldicoar. Assim encontramos tanto na mitologia grego-romana, quanto nas tradições judaicas e cristãs.

Do oriente, destaque-se no induísmo a importância dos
mudras, gestuais realizados com as mãos, cada qual com simbolismo especial, tais como ausência de medo, dom, ameaça, adoração, prece, dentre outras. É farta a iconografia em que Budas expressam-se com mudras, bem como as famosas estátuas de Shiva, em que as mãos ora destrõem, ora criam, remodelando o universo.

O que se constata em comum é o
PODER que as mãos simbolizam, intermediando ações que extrapolam o indivíduo que as utilizam, podendo ser aplicadas tanto de forma construtiva, quanto destrutiva.

Modernamente, o tema adquire uma roupagem paracientífica, na Europa, via Franz Anton
Mesmer (1734-1815), que estudou e aplicou para fins terapêuticos a hipnose e o que denominou de "magnetismo animal", que seria um agente natural que se irradia, à semelhança do que ocorre com um imã. Tais pesquisas influenciaram a codificação (1857 - 1869) da chamada Doutrina Espírita, onde o cristianismo funde-se com conceitos orientais de reencarnação e com uma postura cientifiscista, onde estuda-se o indivíduo como possuidor de corpos físico, espiritual e um intermediário (perispírito), dos quais emanam energias sutis capazes de vários fenômenos, igualmente objetos de investigação pelo Espiritismo.

Em 1860, chegam ao Brasil as primeiras obras espíritas, sendo que em nosso país o desenvolvimento voltou-se como religião, à revelia dos ideais de
Kardec. Curiosamente, ao contrário do que popularmente se pensa, o "passe" não é parte original do Espiritismo. Em toda a extensa obra assinada por Allan Kardec, não existe uma só menção a esta prática, excetuando-se uma breve notícia na Revista Espírita, onde colaboradores relatam o experimento pelo qual uma pessoa embriagada conseguiu passar seus sintomas a outra à qual aplicou mesmerismo (com imposição das mãos). Como já é tradição brasileira, aqui ocorreu um sincretismo interessante. Tanto com o catolicismo, onde a missa teve seu paralelo com a prelação espírita, e a comunhão teve como correlato, o beber da "água fluidificada" (líquido que passou por imposição de mãos...) e o "passe", como similar à benção, quanto com as religiões de origens africanas, que desde sempre tiveram os "passes" associados aos seus ritos.

Nota-se, até então, que se manteve a premissa original de que das mãos se irradia um poder transcendente, que pode ser usada tanto para algo benéfico, quanto ruím e que aquele que impõe as mãos mantém papel ativo e interferente no processo.

Algumas linhas mais recentes polarizaram apenas no aspecto "positivo", destituindo o poder de interferência de quem aplica, que passou a ser meramente um "canalizador" de energias externas, as quais igualmente passaram a ser universamente inteligentes por si só e sempre benéficas.

Este é, por exemplo, amados, o caso do
Johrei, palavra japonesa criada por Mokiti Okada (1882-1955), mais conhecido como Meishu Sama, fundador da Igreja Messiânica, composta de dois ideogramas: "Joh" (purificar) e "Rei" (espírito, universal). Contemporâneo em época e país, surge o Reiki, "Rei" (espírito, universal) e "Ki" (energia), de Mikao Usui. Para ministrar o Johrei, o messiânico deve portar o Ohikari, que é uma medalha com o ideograma "Luz", enquanto que para ser reikiano, não é preciso ser adapto de nenhuma religião específica, mas deve passar por uma iniciação por um mestre oriundo das linhagens autorizadas e reconhecidas pelos organizadores do movimento.

Idealizado a princípio para beneficiar a população carente, após a morte de Usui, o Reiki assume ares profissionalizantes, com aprendizado e aplicação passando por uma grande valoração de honorários, sendo ao método acrescido de novos símbolos a serem aprendidos em diferentes níveis classificatórios aos reikianos. Bem mais recente, porém de postura assemelhada, temos a Terapia Prânica (Pranic Healing), desenvolvido pelo filipino Choa Kok Sui.

O desvincular do ato religioso possibilitou à moderna imposição de mãos que a prática pudesse ser remunerada e, ao mesmo tempo, oportunizou tornar-se Clientes indivíduos que eram avessos à idéia de que poderiam estar participando de uma atividade religiosa que ofendesse à sua convicção pessoal.

Por outro lado, ao tornar-se técnica profissional, igualmente sujeitou-se às leis de mercado; tal qual o "efeito pirâmide", os pioneiros tiveram oportunidades financeiras superiores, enquanto que cada vez mais os iniciados à base do organograma, tem que praticar valores mais modestos em suas remunerações, seja para aplicar o Reiki, seja para ministrar cursos. No Brasil, onde a tolerância é bem mais ampla, não raro os reikianos tem que lidar com a "concorrência" religiosa, já que boa parte da Clientela potencial não se constrange em buscar os benefícios da imposição de mãos, GRATUITAMENTE, mesmo que para isso visitem espaços sacros que não sejam de sua religião de origem.

Eis uma das razões pela qual o
Terapeuta Holístico habitualmente dispõe de um vasto leque de técnicas que se somam para melhor atender seus Clientes. O Aconselhamento, a Psicoterapia Holística, por exemplos, casam bem seus efeitos aos do Reiki, resultando num trabalho final muito mais amplo e abrangente do que o disponível sem custo nos ambientes religiosos, angariando atrativos suficientes a justificar, do ponto de vista do CLIENTE, o investimento monetário em honorários aos profissionais.

Artigo da Revista SINTE realizada por nosso amigo e irmão Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico; é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

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