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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Marte em Libra: os guerreiros na diplomacia.

Pesquisando sobre meu mapa astral natal, e, sabedora que Marte está em Libra nele, achei esse texto interessante que aborda as análises de nossa atualidade.e as consequentes influências dos astros em nosso cotidiano.


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(Texto de Rui Sá Silva Barros)


Em julho e agosto, parece que a espera vai terminar. Além de ativar a quadratura Plutão/Urano, o planeta vermelho cruzará a casa 7 (alianças e guerras) do Irã, o Sol, Mercúrio e Netuno da casa 8 (balança de pagamentos e forças armadas) da China, o Saturno natal do mapa americano, representante do governo (MC) e quadratura aos planetas em Câncer; fará quadratura ao stellium em Capricórnio da União Europeia, e finalmente cruzará, em companhia de Saturno, o Ascendente do mapa de Israel. É muito pano para manga.

Um ataque ao Irã repercutirá imediatamente no Iraque e Síria, além dos países do Golfo, envolvendo a China e Rússia, ainda que na ONU. A Espanha pode pedir resgate diante da escalada de juros para rolar a dívida e tumultuar ainda mais o mercado financeiro mundial. E o governo americano pode se ver envolvido tanto pelo Oriente Médio quanto pelo tumulto financeiro na Europa, além disto, Júpiter em Gêmeos cruzando Urano natal não prenuncia nada pacífico.

A estreia de Netuno em Peixes não foi nada auspiciosa. No Vaticano, o Papa idoso e abatido está cercado por uma burocracia de cardeais que aposta qual será sua sobrevida, arruína o Banco e divulga cartas pessoais. Obama escolhe alguns terroristas que serão varridos da face da Terra por drones (aviões não tripulados), o que resulta na morte de civis que estão presentes, quanta coragem! Frau Merkel leva os europeus do sul ao desespero, suicídio, recessão, formação de partidos racistas e dorme tranquilamente com a consciência em paz, a culpa toda é de gastadores irresponsáveis. Rajoy apresentou o pedido de resgate como uma vitória, enquanto os chineses se apressam em construir sua própria estação espacial, ao invés de limpar o ar irrespirável de suas cidades. Os militares egípcios dissolvem o Parlamento  recém-eleito para garantir privilégios. Os que socorreram bancos com trilhões dizem não dispor de 30 bilhões para um Fundo ambiental. Cinismo e meliância são atributos de Mercúrio, mas nesta escala e amplitude são notoriamente netunianos, enquanto o uso do poder impiedosamente deve-se à quadratura Urano/Plutão, agora exata.

Saturno direto se despede de Libra e deixa um rastro melancólico de acordos internacionais inconclusos, os recentes G-20 e Rio+20 sendo os últimos exemplos. Estive no Rio participando de um seminário multidisciplinar no âmbito da Conferência. A cidade lotada, o tráfego intenso e ansiedade no ar pelo futuro do evento.  Ao preparar o material para apresentação observei uma curiosa correlação nas configurações abaixo:












O ano de 1966 foi particularmente turbulento com a revolução cultural na China, distúrbios raciais nos EUA, escalada na guerra do Vietnã e grande difusão da contracultura pop. Desde o inicio da década apareciam os primeiros livros e artigos preocupados com o meio ambiente e os rumos da industrialização: radioatividade, pesticidas e poluição industrial. Desgraçadamente esta também foi a época em que as grandes indústrias embarcaram firmemente na obsolência programada, produção de artefatos descartáveis que acresceu a pressão sobre os recursos naturais, sem a supressão desta tendência o movimento ambientalista não irá a lugar nenhum. O tema propagou-se pela cultura pop e levou ao relatório do Clube de Roma, em 1971 e à primeira conferência da ONU em Estocolmo, no ano seguinte.  A partir daí a consciência ambiental cresceu, fundando várias ONGs e partidos verdes, o que desembocou na Eco-92 que estabeleceu metas. Mas sob o impacto da crise econômica os governos abandonaram as preocupações e a disponibilidade de dinheiro para o desenvolvimento sustentável.

Nos dois casos há um grande trígono em signos de água, o que significa várias coisas, entre as quais destaco: não é razoável esperar pelos governos; as pessoas, entidades e empresas terão que iniciar o trabalho. A época dos argumentos já passou, eles estão bem estabelecidos e difundidos, é hora de passar à ação e para isto sensibilizar as pessoas com apelo à solidariedade. A água deve ser prioridade: limpeza de mares, rios e lagos, conter desperdícios e racionalizar o uso, melhorar a captação das chuvas e os aparelhos de dessalinização, assistir aos desabrigados de secas e enchentes. Usar preferencialmente os jovens desempregados em todos os projetos de sustentabilidade. Alguns prefeitos de grandes cidades decidiram pôr as mãos à obra sem esperar pelos governos federais, fazer o que for possível já.

E o BRASIL deve fazer seus deveres sem esperar pelos outros, pois quem arcará com os custos dos desmates no cerrado e na floresta somos nós e nossos descendentes. Enquanto isso o governo continua obcecado com os índices de crescimento. Ainda não se deu conta de que os mecanismos disparados em 2009 funcionaram, desta vez não vão funcionar tanto. Amir Khair é um economista de respeito e especialista em finanças públicas, recentemente publicou artigo argumentando que o investimento (público e privado) bateu num teto, por hora inamovível; e que no caso o melhor é estimular o consumo para não deixar a peteca cair. O investimento público poderia ser maior se o BNDES e os fundos de pensão das estatais assim decidissem e o consumo está mesmo limitado: o salário médio nacional anda por volta de $1.700 reais, mas quando colocamos os dados em extratos percebemos que mais de 60 % dos trabalhadores recebem menos que isso e não devem se endividar mais. Isto pode ser trabalhado com escolaridade e remanejamento tributário (imposto de renda e impostos indiretos) que pesam tremendamente para quem ganha pouco. O governo de um partido popular não tomou coragem ainda de mexer nesta aberração que é a nossa tributação regressiva, quem ganha menos paga mais. É que esta tributação é o alimento principal para políticos e burocracia.

A queda das taxas de juros, o câmbio a 2 reais por dólar, o aumento na oferta de crédito e o alongamento do perfil da dívida pública são boas notícias e darão bons frutos lá adiante. O cenário internacional que tornou confortável nosso balanço de pagamentos já não existe e provavelmente por algum tempo ainda. Não há problema em passar alguns anos com crescimento baixo se este tempo for aproveitado para fazer as reformas necessárias, mas não é o que acontece no momento. A vagarosa economia e os cortes de impostos já pressionam o Orçamento comprometendo os investimentos públicos, e cenário externo aperta o Balanço de Pagamentos, problema crônico desde a independência.

Um País que tem Aquário no Ascendente e a casa 11 importante; deveria ter uma sociedade civil robusta, mas o que vemos é o contrário: o movimento sindical vive de impostos e as ONGs de doações estatais, muitas empresas dependem totalmente do governo (licitações, legislação e BNDES). Júpiter em Gêmeos, cruzando a conjunção Lua/Júpiter, favorece iniciativas populares e pressiona o governo, e ele que se cuide, pois toda vez que Saturno cruza o MC do mapa do País é crise instalada – em 1837 caiu Feijó e começou a Sabinada na Bahia; em 1867 o Duque de Caxias assumiu a direção das tropas no Paraguai e provocou a queda do gabinete no ano seguinte; em 1896 começaram as hostilidades em Canudos; em 1926 formou-se o Partido Democrata em SP, prenunciando o fim da República Velha; em 1955 JK foi eleito e o exército precisou intervir para lhe dar posse; em 1984 o movimento das Direta-Já fracassa, Tancredo é eleito pelo Congresso e falece antes da posse, para grande frustração popular.  A próxima é 2014. O grande filósofo Noel Rosa definiu o País: A minha terra dá banana e aipim/ meu trabalho é achar quem descasque por mim/ vivo triste mesmo assim. (O orvalho vem caindo, 1934, quando Netuno transitava o Sol da carta natal).


NOSSOS VIZINHOS ESTÃO EM POLVOROSA – no Paraguai as tensões rurais desembocaram em conflito armado e a Câmara, controlada pelo partido Colorado, resolveu abrir um processo de impeachment contra Lugo, foi fulminante: em dois dias ele foi destituído. Depois de décadas de ditaduras militares e coloradas, que patrocinaram a maior plataforma de contrabando, tráfico de drogas e uma ‘invasão’ de agricultores brasileiros, os paraguaios elegeram um presidente que prometeu reforma agrária.



Mapa da República do Paraguai - Assunção, 15/05/1811, calculado para 0h


Na América Latina isto quase sempre acaba em morte. Em 2008, Netuno transitava o Ascendente da carta natal do país, Saturno e Urano opunham no céu ativando a quadratura natal Saturno/Plutão, resumo da tensão entre os poderes executivos e legislativos. Lugo governou com o Congresso em oposição e com uma base política desorganizada, só não caiu antes porque o governo brasileiro deu apoio. Depois de um arranque econômico robusto, baseado em exportações de soja, a coisa começou a ratear no ano passado e neste. Recentemente descobriram jazidas de minérios raros (lítio, titânio e outros) o que deve estar provocando grandes lutas de bastidores para os direitos de exploração. Um confronto violento, com 15 mortes, foi a gota d’água, 1% dos proprietários detém ¾ das terras. O povo guarani está simbolizado na Lua em Aquário na casa 12, da prisão, confinamentos e sofrimento crônico. Júpiter, que rege a casa 11, em Gêmeos, fez oposição a Marte natal, regente do MC (executivo), além de uma quadratura de Netuno, às vezes a astrologia funciona literalmente. O povo paraguaio já deu mostras de valor quando atacado por argentinos, brasileiros e uruguaios com apoio inglês (1865/70) e, outra vez, na luta pela posse do Chaco (pecuária) reclamada pela Bolívia (1932/5). Precisa dar conta agora de uma elite corrupta a não mais poder, a venda de terras públicas durante as ditaduras foi um grande escândalo! Em pauta, a eleição em 2013, o principal candidato colorado é investigado por narcotráfico, os paraguaios estão perto da perfeição.

BOLÍVIA não vai muito melhor, com seu governo se engalfinhando com a base aliada por conta de construções e questões ambientais, e o mesmo ocorre no PERU.  A ARGENTINA se vê às voltas com fuga de dólares, queda nas exportações e ameaças de greves, barragens nas estradas e panelaços. Marte em Libra fustiga o Sol, Mercúrio e Vênus natais em Câncer.  Esta sincronicidade está relacionada à economia (exportadora de matérias-primas) e frágeis instituições políticas. A desorganização do Unasul também não ajuda em nada, aqui o Brasil pode efetivamente colaborar na emancipação real da América do Sul, enquanto não ocorrer uma industrialização inteligente a independência será uma utopia.

O REINO DA QUANTIDADE – Esta feliz expressão de René Guénon sintetiza nossos problemas, a começar pela descartabilidade que supõe recursos naturais infinitos. A consequência é que os políticos devem mentir sobre o essencial, os intelectuais que ousam denunciar são silenciados na mídia, os valores são invertidos. E a descartabilidade dos manufaturados provoca efeitos sociais e afetivos vastos, nenhuma novidade nisso, a filósofa Hanna Arendt já observara o fenômeno no nascedouro. É com horror que as pessoas veem a proliferação do trabalho descartável e dos afetos transitórios,  tudo que é sólido desmancha no ar. 
 Só não observam que uma vez presente na base da vida econômica, o mecanismo funcionará e produzirá efeitos. Os que se debatem com as patologias modernas não se dão conta de que o cerne do atual modelo econômico é a mercantilização de todos os aspectos da vida. A propaganda que diz que algumas coisas o dinheiro não pode comprar, é puro humor negro. Além de comprar o amor, o sorriso e a flor, o dinheiro hoje compra órgãos humanos e filhos, trechos de cromossomos e o futuro. Depois do que, todos se apavoram com as consequências exibidas em noticiários. Este conjunto de fenômenos mostra que a atual civilização desliza para o precipício.

Para aplacar a ansiedade criaram a psicologia evolucionista, ela proclama que a avidez, a ganância, a brutalidade, o cálculo de interesses, o egoísmo e outros impulsos destrutivos são a natureza humana, já estavam presentes no homem paleolítico, que eles analisaram com uma máquina do tempo. E isso é apresentado como ciência! Um livro recente tenta provar que o ser humano tornou-se mais pacífico com o passar do tempo, é mesmo não é? Por que então inventaram o revólver no século XIX e uma porção de gente porta uma arma atualmente? E assim a realidade é suprimida das análises. E os mesmos que propõem uma natureza humana fixa, em outro momento, dizem que estamos evoluindo, não é o auge da coerência? E viver na mentira sempre acaba mal, pois a realidade só pode ser suprimida na imaginação.

Angelus Silesius (gravura acima) viveu no início desta loucura toda, no século XVII. Formou-se em filosofia e medicina, mas renunciou a tudo para viver uma vida retirada, como monge, e nos legou um testemunho de suas aventuras espirituais, O peregrino querubínico, de onde tirei estes versos:

              O que foi dito de Deus ainda não me basta:
                    a sobredeidade é minha vida e luz.
              Homem, se não sabes pedir a graça a Deus com palavras
                    fica mudo diante Dele: serás ouvido da mesma forma.
              Quando me perco em Deus chego de novo lá
                    onde antes de mim eu era desde a eternidade.


Isso não desmancha no ar e é a nossa grande esperança!

 24/06/2012 19:04:43

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