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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Agulha e linha

A costura e o bordado mais simples, bem como os mais elaborados, se fazem com o auxílio de agulha e linha. Mas, pronto o trabalho, só se percebe a presença da linha que teceu desenhos, prendeu botões ou realizou arremates e bainhas, cuja perfeição sempre dependerá da habilidade de quem realizou a tarefa.

Da agulha, quem se lembra? Ela conduziu a linha, aceitou o comando da costureira ou da bordadeira, enfrentou todo tipo de tecido, do mais resistente ao mais maleável, e depois ficou na caixa de costura. Exatamente onde deveria estar, a postos para qualquer novo chamado...

Assim somos nós, um pouco linha e um pouco agulha...

Talvez o papel da linha nos atraia mais. Todo mundo gosta de ver o seu trabalho reconhecido, é humano...

Já quando estamos na tarefa da agulha, às vezes nos lamentamos, sofremos pela dificuldade de romper as barreiras do caminho, esquecidos de que tudo faz parte de um projeto maior...

Não é possível chegar à costura ou ao bordado pronto sem qualquer daqueles agentes, a linha e a agulha. E para que um deles diga a que veio, mostrando o próprio valor e utilidade, precisará da ajuda do outro. A linha não borda e nem costura sem a agulha; e a agulha também nada disso fará sem ter a linha. Conversa de maluco...

Pois é.

Acontece que andamos como malucos, quase sempre, no corre-corre diário.

Quando a vida nos dá a linha, não queremos ser a agulha, tentamos escapar do trabalho mais árduo, sonhando com a coisa pronta... Ou quando ela nos dá a agulha, quantas vezes reclamamos por não ter “a cor certa” de linha pra usar ali, esquecidos de que improvisar é possível, temos essa capacidade latente...

Costureiras, bordadeiras, agulhas e linhas, eis que somos um pouco disso tudo, ao final. Ninguém exigirá um bordado ou costura de quem não aprendeu, antes, como fazê-los. Nem a Vida nos exige mais do que podemos fazer. Em mãos que se dedicaram a aprender e se tornaram hábeis, a agulha encontrará tarefas a realizar, é feita para isso. Essas mãos também saberão dar bom uso à linha disponível, completando o bordado ou a costura necessária. Precisamos então nos dedicar a aprender a fazer uma e outra coisa, a unir as possibilidades, enfrentando desafios, confiantes de que o resultado final valerá a pena.


Como diz o Sr. Zé Pilintra curador - meu mentor sábio e primeiro guia espiritual que recebi quando conheci e vivenciei a umbanda sagrada na linha de Rubens Saraceni - meu amado "apadrinhado":
“A Vida é o milagre que já aconteceu”: está tudo aqui, do que é essencial, bem ao nosso alcance. Não adianta ficar esperando “acontecer”, nós estamos aqui para fazer a nossa parte, ora como agulha, ora como linha. Fomos preparados para “costurar e bordar” a parte que nos cabe em nosso caminho de evolução."

Levando a maluquice pra outro ângulo: nós e a Espiritualidade, nós e os nossos bons e amados Guias. Eles têm sido agulhas de primeira, conduzindo-nos em todos os caminhos e realizando a parte mais árdua da tarefa, sempre chegando primeiro, preparando e amaciando o terreno e sempre nos atribuindo méritos pelo resultado final. Por igual, eles são a linha mais excelente, na medida certa, na cor certa e no calibre certo. Entregam tudo “redondinho” em nossas mãos, só nos cabe aceitar o presente e nos deixar guiar pelo seu conhecimento milenar na execução dos mais diversos e sofisticados “bordados e costuras”. No entanto, corremos o risco de ser pegos aqui agindo como crianças birrentas, ora reclamando do tamanho da agulha, ora reclamando da cor da linha, demorando a nos entregar ao encanto da comunhão de tarefas que nos proposta no campo mediúnico. Porém, se formos pegos, vamos usar o “exemplo saudável” das crianças, que logo se levantam depois de um tombo!

Os Guias poderiam se gabar dos seus conhecimentos e também das suas qualidades como agulha e como linha. No entanto, geralmente se recolhem, no Amor Daquele que tudo Vê, aceitando o papel humilde das agulhas: fazem o seu trabalho amoroso e se recolhem, na caixinha de costura que lhes construímos com a nossa compreensão limitada, permanecendo sempre a postos e dispostos a nos ajudar, na primeira necessidade.

Um dia aprenderemos com o exemplo deles. Com certeza, chegaremos a compreender melhor o papel e o valor de cada coisa em nossas vidas. Desde uma simples agulha até uma simples meada de linha, tudo serve a um propósito maior. Cada um de nós está aqui como parte da Grande Vida, que Se tece com a delicada beleza que nasce das Mãos Perfeitas do Amado Criador. Tudo importa e tudo vale a pena.

(Texto adaptado de Jorge scritori com uns pitacos de Rose rs..)

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