METODOLOGIA TERAPÊUTICA: O PRÉ-ATENDIMENTO

Por Clécio Carlos Gomes (Psicólogo)

Nosso trabalho não ocorre apenas no instante em que nos encontramos com o nosso paciente. Há a necessidade de uma purificação de nossa alma, de nossas relações com aqueles que convivem conosco e um constante burilamento de nossas ações e pensamentos. Para isso, faz-se necessária uma contínua e persistente rotina de redução de condutas inadequadas, elevação do pensamento e do espírito, objetivando a cada dia um gradual aumento na sintonia com as faixas superiores. Devemos fazer de nosso dia, um dia de amor e fraternidade, reconhecendo que nós somos os maiores enfermos e que o trabalho de amparo a outrem não beneficia apenas aos pacientes, mas, principalmente, a nós que provamos, resgatamos e expiamos. O despertar é o reinício diário em nossa renovada tentativa de evoluirmos o Planeta, através de nossa própria evolução. Despertar significa retornar à luz, à missão e ao encontro dos nossos. Devemos ter, então, consciência que se há o retorno é porque existiu a falta, comigo ou com alguém. Dentro de cada um não deverá ser apagada a chama da lucidez, em que a nós foi confiada mais uma obra, designada pelo Deus Pai. O entusiasmo e a alegria deverão ser os primeiros componentes presentes no início deste ato que é ser humano. A partir desse momento, iniciamos o preparo para a oportunidade de trabalho que o Pai nos concede. Assim, em nosso despertar, devemos purificar e renovar nosso corpo físico através de um banho edificante, projetando sobre órgãos, músculos, tecidos, células e átomos, água crística, desintoxicante e renovadora. Complementando nossa reposição energética, devemos repor proteínas, fibras e carboidratos, a fim de realimentar nosso corpo físico. A partir desse instante, quando nos encontramos prontos para iniciar nosso dia de trabalho, passamos a orar por nós, ou seja, encontramo-nos conosco. Para um maior entendimento, temos que ampliar o conceito humano desta palavra: orar. Orar e falar, discorrer sobre algo ou alguém. Quando falamos em evolução, devemos direcionar nosso pensamento a reflexões, analisando pensamentos e ações. Orar, desejando o encontro consigo, traduz-se no ato de ponderar sobre si mesmo, identificando potencialidades, limitações, a necessidade que temos do outro, verificando os passos dados e aqueles que deverão ser seguidos. É bastante evidente que este encontro consigo é peculiar à historia de cada um. A intensidade e a energia são os únicos fatores de igualdade ou similaridade. Através de nossa reflexão, percebemos que somo ínfimos. Que nossa onipotência em acreditar que nos bastamos e de que somos capazes de reger, criar e ser, apenas por nossos mandos e desmandos, é inconsistente e nos faz perder o sentido de muitos valores que enraizamos e ensinamos aos outros. Toca-nos, sensivelmente, que somos de certa forma frágeis. Dentro de nós encontramos esta energia vital, traduzida por nossa partícula, componente deste vasto mundo, através da criação do Deus Pai. Reiniciamos um processo de relembrar a magnitude e a luz que Deus e seu filho Jesus possuem sobre a crosta, nós e a vida como um todo. Este contato com o nosso verdadeiro lar, faz-nos engrandecer, e, por reconhecermos nossa grande família, por sabermos que não somos únicos e que não estamos sós, trabalhando por um único objetivo. Fortalecemo-nos em todos os sentidos, principalmente quando abandonamos o orgulho, o egoísmo e a onipotência.