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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Tipos de Psicosite (2) : Personalidade patológica

O que são os transtornos de personalidade?

Os transtornos de personalidade afetam todas as áreas de influência da personalidade de um indivíduo, o modo como ele vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um estilo pessoal de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou aos conviventes. Essas características, no entanto apesar de necessárias não são suficientes para identificação dos transtornos de personalidade, pois são muito vagas. A maneira mais clara como a classificação deste problema vem sendo tratada é através da subdivisão em tipos de personalidade patológica. Ao nosso ver, esta forma é bastante adequada, pois se verifica na prática manifestações diversas e até opostas para o mesmo problema. O leitor entenderá melhor a necessidade da subdivisão dos transtornos de personalidade lendo os textos abaixo.



Generalidades:

Para se falar de personalidade é preciso entender o que vem a ser um traço de personalidade. O traço é um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou ao isolamento; à desconfiança ou à confiança nos outros. Um exemplo: lavar as mãos é um hábito, a higiene é um traço, pois implica em manter-se limpo regularmente escovando os dentes, tomando banho, trocando as roupas, etc. Pode-se dizer que a higiene é um traço da personalidade de uma pessoa depois que os hábitos de limpeza se arraigaram. O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido.
Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a personalidade só está completa nessa época, na maioria das vezes. Os diagnósticos de distúrbios de conduta na adolescência e pré-adolescência são outros.



 - Transtorno de Personalidade Anti-Social

Como se caracteriza ?

Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado pela ausência de remorsos. Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, freqüentemente têm problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se ajustam. Freqüentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo.

Aspectos essenciais 

Insensibilidade aos sentimentos alheios
Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente.
Estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los.
Baixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas.
Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições.
Tendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis.



 - Transtorno de Personalidade Borderline (Limítrofe)

Como se caracteriza ?

Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. Seu comportamento impulsivo freqüentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante.

Aspectos essenciais

Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la.
Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente.
Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem).
Sentimento de raiva freqüente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais.
Comportamento suicida ou auto-mutilante.
Sentimentos persistentes de vazio e tédio.
Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional.



 - Transtorno de Personalidade Paranóide

Como se caracteriza ?

Caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para pensar assim. A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos freqüentes entre os paranóide. O paranóide dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos, ao contrário ofende-se intensamente, geralmente por toda a vida quando alguém lhe aponta algum defeito.

Aspectos essenciais

Excessiva sensibilidade em ser desprezado.
Tendência a guardar rancores recusando-se a perdoar insultos, injúrias ou injustiças cometidas.
Interpretações errôneas de atitudes neutras ou amistosas de outras pessoas, tendo respostas hostis ou desdenhosas. Tendência a distorcer e interpretar maléficamente os atos dos outros.
Combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desproporção à situação real.
Repetidas suspeitas injustificadas relativas à fidelidade do parceiro conjugal.
Tendência a se auto-valorizar excessivamente.
Preocupações com fofocas, intrigas e conspirações infundadas a partir dos acontecimentos circundantes.



 - Transtorno de Personalidade Dependente

Como se caracteriza ?

Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não superam seus limites.

Aspectos essenciais

É incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de conselhos ou reafirmações de outras pessoas.
Permite que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida como onde morar, que profissão exercer.
Submete suas próprias necessidades aos outros.
Evita fazer exigências ainda que em seu direito.
Sente-se desamparado quando sozinho, por medos infundados.
Medo de ser abandonado por quem possui relacionamento íntimo.
Facilmente é ferido por crítica ou desaprovação.



- Transtorno de Personalidade Esquizóide

Como se caracteriza ?

Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas pessoas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). Esses casos não devem ser confundidos com distimia.

Aspectos essenciais

Poucas ou nenhuma atividade produzem prazer.
Frieza emocional, afetividade distante.
Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como      os outros.
Indiferença a elogios ou críticas.
Pouco interesse em ter relações sexuais.
Preferência quase invariável por atividades solitárias.
Tendência a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais.
Falta de amigos íntimos e do interesse de fazer tais amizades.
Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou àqueles que perderam uma pessoa querida recentemente.



 - Transtorno de Personalidade Ansiosa (evitação)

Como se caracteriza ?

Caracteriza-se pelo padrão de comportamento inibido e ansioso com auto-estima baixa. É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros.

Aspectos essenciais

*É facilmente ferido por críticas e desaprovações.
Não costuma ter amigos íntimos além dos parentes mais próximos.
Só aceita um relacionamento quando tem certeza de que é querido.
Evita atividades sociais ou profissionais onde o contato com outras pessoas seja intenso, mesmo que venha a ter benefícios com isso.
Experimenta sentimentos de tensão e apreensão enquanto estiver exposto socialmente.
Exagera nas dificuldades, nos perigos envolvidos em atividades comuns, porém fora de sua rotina. Por exemplo, cancela encontros sociais porque acha que antes de chegar lá já estará muito cansado.



- Transtorno de Personalidade Histriônica

Como se caracteriza ?

Caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções).

Aspectos essenciais

Busca freqüentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em relação ao que faz ou pensa.
Comportamento e aparência sedutores sexualmente, de forma inadequada.
Abertamente preocupada com a aparência e atratividade físicas.
Expressa as emoções com exagero inadequado, como ardor excessivo no trato com desconhecidos, acessos de raiva incontrolável, choro convulsivo em situações de pouco importância.
Sente-se desconfortável nas situações onde não é o centro das atenções.
Suas emoções apesar de intensamente expressadas são superficiais e mudam facilmente.
É imediatista, tem baixa tolerância a adiamentos e atrasos.
Estilo de conversa superficial e vago, tendo dificuldades de detalhar o que pensa.



 - Transtorno de Personalidade Obsessiva (anancástica)

Como se caracteriza ?

Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e exigente com os outros. Emocionalmente frio. É uma pessoa formal, intelectualizada, detalhista. Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem costuma ser reservado, dominador e inflexível. Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve melhorar sempre mais. Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e cheia de dúvidas.

Aspectos essenciais

O perfeccionismo pode atrapalhar no cumprimento das tarefas, porque muitas vezes detém-se nos detalhes enquanto atrasa o essencial.
Insistência em que as pessoas façam as coisas a seu modo ou querer fazer tudo por achar que os outros farão errado.
Excessiva devoção ao trabalho em detrimento das atividades de lazer.
Expressividade afetiva fria.
Comportamento rígido (não se acomoda ao comportamento dos outros) e insistência irracional (teimosia).
Excessivo apego a normas sociais em ocasiões de formalidade.
Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão úteis algum dia (mesmo sem      valor sentimental)
Indecisão prejudicando seu próprio trabalho ou estudo.
Excessivamente consciencioso e escrupuloso em relação às normas sociais.

Ref. Bibliograf: Liv 01, Liv 09, Liv 02 de Arch Gen Psychiatry, 2001 58(6): 590-596
The Prevalence of Personality Disorders in a Community Sample
Torgersen Svenn



Como escolher um psiquiatra?

Isso não é fácil e não pretendemos aqui fornecer uma fórmula mágica, mas algumas dicas podem te ajudar bastante.


O psiquiatra ideal

 - Deve estar pessoalmente interessado na resolução do seu problema.
 - Tem que ter bons conhecimentos técnicos e estar atualizado.
 - Atender calmamente como pelo menos 30 minutos na primeira consulta.
 - Olhar nos olhos do seu paciente.
 - Estar informado a respeito das condições clínicas e pessoais de seus pacientes assim como dos acontecimentos relevantes como condições familiares, financeiras, ideais de vida, relações afetivas, problemas das pessoas próximas como uso de drogas na família.
 - Ser gentil e educado.
 - Não atrasar o horário de atendimento.
 - Preço da consulta entre R$ 100,00 e R$ 200,00. (grandes centros urbanos)
 - Ser acessível por telefone fora dos horários de atendimento, sem contudo permitir abusos por parte dos pacientes pois isso seria ruim para eles mesmos.
 - Não é nenhum absurdo exigir tudo isso de seu psiquiatra, mas se não for possível, pelo menos as 5 primeiras não devem faltar.

 Como encontrar um psiquiatra assim?

Os principais meios de se chegar a um psiquiatra são:

 - Através de outro médico.
 - Através de um psicólogo.
 - Através do plano de saúde.
 - Através de um conhecido/parente
 - Através de propagandas em jornais, internet, listas telefônicas

Esses meios de se encontrar um psiquiatra são confiáveis?

São equivalentes, geralmente existe uma tranquilidade maior quando o psiquiatra é recomendado por alguém de confiança, principalmente um outro profissional, mas isso não necessariamente garante a competência do psiquiatra indicado.

Há vários motivos que levam a uma indicação:

Os indicativos abaixo identificam um bom psiquiatra?

 - Consultório cheio / difícil de marcar hora.
 - Títulos como professor universitário, diretor de hospital, presidente de associações, etc.
 - Badalado nos meios de comunicação.
 - Trabalhar em Hospitais.

Nenhuma dessas condições garante a competência como psiquiatra para tratar do seu caso, pode aferir competência como diretor, professor ou presidente, mas também não é nenhum demérito ter esses títulos.

O consultório cheio para um profissional com décadas de carreira mostra que ele se dedica a isso, se não for uma pessoa famosa certamente o retorno é feito através dos próprios paciente que estão retornando o que é bom sinal.

Se o consultório está cheio porque ele é badalado nos meios de comunicação então nada se pode afirmar uma vez que a população brasileira acredita que tudo que aparece nos jornais ou TV é verdade. Trabalhar em hospitais é sempre um ponto positivo, mas não trabalhar não é ponto negativo.

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