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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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sábado, 6 de março de 2010

Do Ego ao Coração II

EXPLORANDO SUAS FERIDAS INTERNAS

Distinguimos quatro passos na transformação da consciência baseada no ego para a consciência baseada no coração:

1.

Estar insatisfeito com o que a consciência baseada no ego tem para lhe oferecer, desejar “algo mais”: o começo do final.

2.

Começar a se conscientizar da sua dependência à consciência baseada no ego, reconhecendo e liberando as emoções e pensamentos que a acompanham: a metade do final.

3.

Permitir que as velhas energias baseadas no ego morram dentro de você, jogando fora o casulo, sendo seu novo ser:o final do final.

4.

O despertar de uma consciência baseada no coração, dentro de você, motivada por amor e liberdade; ajudar outros a fazerem a transição.

Neste capítulo discutiremos o passo 2.

Quando você para de se identificar com o ego, primeiro você entra num estado de confusão sobre quem você é. Esta confusão pode ser profunda e de natureza muito filosófica. Você começa a fazer perguntas sobre o significado da vida, sobre o bem e o mal, sobre o que você realmente sente e pensa, em oposição àquilo que os outros lhe ensinaram a sentir e pensar. De repente, estas perguntas são muito reais para você e têm uma relação direta com as escolhas que você faz no seu dia a dia. Você olha para si mesmo e pensa:“Este sou eu? É isto que eu quero?” É difícil fazer escolhas agora, uma vez que nada é evidente por si mesmo.

De fato, você agora está dando um passo para trás, um passo nas profundezas: um passo para dentro. Você torna-se consciente de partes mais profundas de si mesmo, partes que estão menos condicionadas por sua educação e por sua sociedade. Você recebe alguns vislumbres de quem você verdadeiramente é: sua singularidade, sua individualidade. Você se lembra que existe uma parte de você que não é dependente de nada que o rodeia: nem dos seus pais, nem do seu trabalho, nem dos seus relacionamentos e nem sequer do seu corpo. É nesse momento que você sente – vagamente – a sua divindade, a parte de você que é completamente ilimitada e eterna.

Na realidade, todos vocês são seres multidimensionais: vocês podem (e assim o fazem) manifestar-se em varias realidades diferentes ao mesmo tempo. Vocês não estão ligados a um padrão de tempo linear. Sua atual personalidade é apenas um aspecto da entidade multidimensional que vocês são. Quando vocês se derem conta de que sua expressão atual como um ser humano físico é simplesmente um aspecto de vocês, irão além dela e poderão entrar em contato com o Ser Superior que vocês são.

Mas antes de conseguirem isto, precisam curar as partes feridas dentro de vocês.

Viver de acordo com as ordens e exigências do ego criou feridas psicológicas dentro de vocês. Deixar ir a consciência baseada no ego cria, inicialmente, confusão, dúvidas e desorientação.

Depois deste primeiro passo, vocês entram em um novo estágio: o de observar, compreender e curar suas feridas internas. Falaremos sobre este estágio agora.

Com o ego no controle, as suas ações e pensamentos basearam-se no medo durante um bom tempo. De uma certa forma, você perseguia ferozmente os seus desejos de poder, reconhecimento e controle. Com isto, você desvirtuava a sua própria natureza. Seu comportamento baseava-se em modelos externos ao invés de se basear nas suas próprias e verdadeiras necessidades. Além disto, você não era capaz de amar realmente alguém, já que o amor se opõe completamente à necessidade de controlar ou dominar. Todo este estado de consciência constituiu um ataque à integridade da sua alma. A alma sofreu sob o reinado do ego.

Quando você se liberta da prisão e da influência do ego, esta dor interna torna-se mais visível para você. Ela se expõe a você – nua e crua – despojada de máscaras. Entretanto, você ainda não sabe como lidar com esta dor, já que ainda está num estado de confusão e desorientação. Geralmente, você passa por uma etapa de julgamento das suas feridas internas, porque elas parecem levá-lo a padrões negativos de comportamento: dependências, depressão, mudanças de humor incontroláveis, problemas de comunicação, dificuldades nas relações íntimas.

Este julgamento de si mesmo inflige mais dor à alma, que está começando a voltar-se para a Luz. Ela está se desapegando da necessidade de poder e de controle, ela está se tornando mais sensível... e então ela é surpreendida pelo auto-julgamento.

Muitas pessoas estão vagando nesta terra de ninguém entre o ego e o coração. Elas estão buscando uma realidade mais amorosa, mas ainda se encontram ao alcance do chicote do ego.

Na verdade, não é a sua ferida interna que o faz tornar-se presa do que você considera “aspectos negativos” de si mesmo. É o seu julgamento da ferida que causa a negatividade. Se você olhar para si mesmo com uma atitude de aceitação, você não vai ver uma personalidade dependente, depressiva ou fracassada. Você vai ver apenas a dor interna que precisa ser atendida e cuidada da forma mais gentil e bondosa possível.

O passo mais importante no estágio dois da transição do ego ao coração é que você está querendo entender a sua dor interna: aceite-a, compreenda as suas origens e permita que ela exista.

Se você consegue perceber o núcleo de medo que é inerente a todas as expressões de consciência centrada no ego, você penetrou a realidade da consciência baseada no coração. Por mais censurável que seja o comportamento de alguém, se você reconhecer a dor, a solidão e a necessidade de auto-proteção que existe por trás disso, você entra em contato com a alma que está apresentando o comportamento negativo. Assim que você percebe a alma amedrontada, você é capaz de perdoar.

Isto acontece primeiramente em relação a você mesmo.

Pense em algo que você realmente deteste em si mesmo – algo que realmente o aborreça e do qual você acha que já deveria ter se livrado há muito tempo. Pode ser insegurança, preguiça, impaciência, ou uma dependência: qualquer coisa que você sinta que não deveria mais estar aí. Agora procure entender o motivo real por trás deste aspecto ou tendência. O que o obriga a sentir ou fazer certas coisas várias e várias vezes? Você consegue perceber um elemento de medo dentro das suas motivações?

Repare que, logo que você compreende que existe medo, você amadurece internamente, sentindo algo como: “Oh, Deus, eu não sabia que estava tão atemorizado! Eu o ajudarei!” Então há tolerância em suas atitudes. Há amor e perdão.

Enquanto você percebe os comportamentos baseados no medo – tais como agressão, dependência, subserviência, vaidade, etc... – como “maus”, “pecaminosos” ou “tolos”, você está julgando. Mas julgar é uma atividade baseada no medo. Você já percebeu que, quando você se julga, torna-se duro internamente? Parece que alguma coisa aperta, como lábios pressionando-se ou olhos resfriando-se. Por que precisamos julgar as coisas? Qual é a necessidade de reduzir as coisas a certo ou errado? Qual é o medo por trás da nossa necessidade de julgar? É o medo de enfrentarmos a nossa própria sombra interior. É, essencialmente, o medo de viver.

Ao se desapegar da consciência baseada no ego, você vai querer desenvolver uma forma completamente nova de ver as coisas. Esta forma de ver pode ser melhor descrita como neutra, querendo dizer que simplesmente observa o que é, sem interesse em como as coisas “deveriam ser”. As causas e os efeitos do comportamento baseado no ego são observados, o núcleo de medo inerente a ele é reconhecido, e então o ego se torna realmente transparente para você. E tudo o que é transparente para você pode ser abandonado, se você quiser.

Todo o ser humano conhece o medo. Cada um de vocês conhece a sombra e a solidão de estar envolvido no medo. Quando o medo se mostra abertamente no rosto de uma criança, a maioria das pessoas reage instantaneamente estendendo as suas mãos. Mas quando o medo se mostra de forma indireta, através de máscaras de violência e brutalidade, parece imperdoável. Quanto mais destrutivo e cruel é o comportamento, mais difícil é perceber o medo e a desolação que existem por trás dele. Mesmo assim, vocês são capazes de percebê-lo.

A partir das profundezas da sua própria experiência de medo e desolação, você pode entrar em contato com o profundo medo nas almas dos assassinos, seqüestradores e criminosos. Você consegueentender as ações deles. E se fizer isso, baseado nas suas próprias experiências íntimas com a escuridão, você pode liberar isso tudo. Você pode deixar que tudo isso exista, sem a necessidade de julgar nada. Se você verdadeiramente entender o medo como um poder que existe e com o qual você está totalmente familiarizado através de suas experiências de vida, você pode deixar de julgar. O medo não é nem bom e nem mau. O medo É, e possui um determinado papel a desempenhar.

Em certos aspectos, muito difíceis de serem expressos em conceitos humanos, o medo é tanto uma bênção quanto uma tortura. De qualquer modo, a escolha de permitir a existência do medo em sua realidade não foi feita para vocês. Vocês foram o Deus – por assim dizer – que permitiu que o medo desempenhasse um papel indispensável na sua realidade. Vocês fizeram isto, não para se torturarem, mas PARA CRIAREM, para criarem uma realidade que tivesse mais substância, mais “plenitude” do que um mundo baseado unicamente em amor. Compreendo que isto pode parecer inacreditável, mas talvez vocês possam entender intuitivamente o que estou procurando dizer aqui.

O medo é uma parte viável da criação. Onde há medo, não há amor. Onde não há amor, o amor pode ser encontrado de formas novas e imprevisíveis. Uma ampla variedade de emoções pode ser explorada, e inclusive criada, pela ausência do amor. A ausência do amor pode ser sentida de várias formas. A presença do amor só pode sersentida quando se tem o medo como plano de fundo. Se não fosse assim, o amor ficaria todo difuso e vocês não poderiam percebê-lo como tal.

Portanto, ao criarem o medo, ao se arremessarem para fora do oceano de amor que os rodeava, vocês se permitiram experimentar o amor pela primeira vez. Compreendem?

Vocês não criaram o amor, mas criaram a experiência do amor. Para fazer isto, vocês precisavam de um oposto, algo que não fosse amor, e utilizaram o medo como instrumento. Nós, do outro lado do véu, podemos ver claramente o papel espiritual que o medo desempenha na sua realidade. Sendo assim, nós lhes suplicamos, mais uma vez, que não julguem. Por favor não julguem o medo e a escuridão que ele traz, nem em vocês mesmos e nem em qualquer outro ser. Todos vocês foram criados do amor e para o amor devem retornar.

Quando você entra no segundo estágio do processo de transformação do ego ao coração, você se confronta com sua dor interna, com seus medos, e é convidado a olhá-los com compreensão e aceitação.

Depois de se conscientizar da sua dor interna e do seu medo, você pode passar primeiro por um período de auto-julgamento, no qual pode apresentar um comportamento destrutivo. Pode parecer que você está andando para trás em vez de para frente. Nesse ponto, você se encontra na zona perigosa, na terra de ninguém entre o ego e o coração. Você sabe que quer se livrar do velho, mas ainda não pode realmente abraçar o novo, e então é pego pela desconfiança de si mesmo e pela autocrítica. O ponto decisivo ocorre quando você deixa de julgar-se – pelo menos por um tempo.

Só quando você está preparado para olhar para si mesmo com uma atitude de interesse e abertura, é que você penetra a realidade da consciência baseada no coração. Antes disso, você está meramente comparando-se com um modelo artificial ou um ideal, para o qual, na maioria das vezes, você é deficiente. Você se bate por isso, e tenta outra vez se forçar a se encaixar naquele molde que você criou para si mesmo, na sua cabeça.

Digo-lhe que este padrão de perfeccionismo é uma arma assassina. É totalmente o oposto do amor. O amor verdadeiramente não compara e, mais importante, nunca quer forçá-lo a nada e nem modificá-lo de nenhuma forma. O amor não tem olhos para o que deveria ser. A própria natureza do “deveria” está ausente da consciência do coração. Na visão do coração, as qualidades morais sempre são formas de interpretar ou “dividir” a realidade. Elas são idéias na sua cabeça e, como você sabe, elas podem diferir muito de cabeça para cabeça. A própria necessidade de estabelecer modelos e definir o que é bom é precursora do conflito humano e da guerra. Não são tanto as idéias que causam a agressão e o conflito, mas a necessidade implícita de controlar e fixar.

Os ideais políticos, pessoais ou espirituais, os padrões de saúde, beleza e higiene, todos estabelecem modelos de como as coisas deveriam ser, de como você deveria comportar-se. Todos eles procuram fixar e definir o que é BOM.

Mas o AMOR não está interessado em definir o Bom. Não está interessado nas idéias, mas na realidade. O amor se volta para o que é real.

O coração está interessado em tudo o que existe, em cada expressão real de vocês, as destrutivas e as construtivas. Ele simplesmente observa; ele simplesmente está aí, envolvendo-o com a sua presença, se você o permitir.

Se você se abre para a realidade do amor, a realidade do coração, você se desapega do julgamento. Você aceita quem você é neste momento. Você percebe que você é o que é em virtude de uma multiplicidade de razões, as quais você agora vai investigar e explorar.

Quando este momento chega, é uma grande bênção para a alma. Então você é capaz de curar a si mesmo. De vez em quando você recairá na autocrítica, mas agora você tem uma memória consciente de como se sente o amor. E enquanto a tiver, você voltará a encontrá-la de novo, porque experimentou o doce perfume do Lar outra vez.

No segundo estágio da transição do ego ao coração, você entra em contato mais íntimo consigo mesmo. Você dá uma olhada mais de perto na sua bagagem do passado. Você revive suas memórias (dolorosas) – memórias desta vida, talvez memórias de vidas passadas. A bagagem psicológica que você carrega de todas as suas vidas, até o presente, constitui a sua identidade atual. Você pode olhar para esta bagagem como uma mala cheia de roupas. Você representou muitos papéis no passado, assumiu muitas identidades, exatamente como peças de vestuário. Você acreditou tão firmemente em alguns desses papéis, que chegou a considerá-los parte da sua identidade. “Este sou eu”, você pensa de tais papéis ou “vestimentas”.

Entretanto, quando você investiga verdadeiramente o que estes papéis têm a ver com você, descobre que você não é eles. Você não é os papéis psicológicos ou identidades que você assume. Você não é as suas roupas. Você utilizou estes papéis por uma necessidade de experiência sentida pela alma.

A alma se deleita com todas essas experiências, porque elas são partes do processo de aprendizagem com o qual ela se comprometeu. Considerando desta forma, todas as experiências são úteis e valiosas.

Quando você olha mais de perto para os seus próprios papéis ou identidades, você logo percebe que existiram experiências dolorosas, inclusive traumáticas, no seu passado, que ainda “grudam” em você. Você parece incapaz de se livrar delas. Elas se tornaram uma “segunda pele”: pele, ao invés de simples vestimenta.

Esses são elementos difíceis do seu passado; são as peças que agora o impedem de viver verdadeiramente e de desfrutar a vida. Você se identificou tanto com estas partes, que você pensa que é elas. Por causa disto, você sente que é uma vítima e daí tira uma conclusão negativa sobre a vida. Mas estas conclusões não se referem à vida como tal, elas só se referem às partes traumatizadas da consciência da sua alma.

São estas partes que precisam de cura agora. Você fará isto, entrando no passado outra vez, mas com uma consciência muito mais amorosa e sábia do que você jamais teve. No segundo estágio do processo de transformação do ego ao coração, você cura episódios do passado, envolvendo-os com a sua consciência do presente. Ao re-experimentar esses acontecimentos no presente, a partir de um foco centrado no coração, você libera as partes traumáticas do seu passado.

O trauma ocorre quando você experimenta uma grande perda ou dor ou maldade, e não consegue entender porque isto acontece. Todos vocês experimentaram o trauma, em muitas de suas vidas. De fato, a consciência da alma durante o estágio do ego é traumatizada desde o início: existe a perda da Unidade ou Lar, que ela se lembra e não compreende.

Quando você volta ao acontecimento traumático original, através da imaginação, e o envolve com a consciência do coração, você muda a sua reação original a esse acontecimento. Você muda a reação de horror e incredulidade, para uma simples observação do que acontece. Na regressão, você simplesmente observa o que aconteceu, e este simples ato cria espaço para a compreensão, espaço para a compreensão espiritual do que realmente aconteceu nesse evento. Quando este espaço se faz presente, você torna-se mestre da sua realidade outra vez. Então você é capaz de chegar a uma aceitação do fato completo, já que compreende, a partir do coração, que há significado e propósito em cada coisa que acontece. Você pode sentir, a partir do coração, que há um elemento de livre escolha presente em tudo o que ocorre, e então você desenvolve uma aceitação da sua própria responsabilidade pelo acontecimento. Quando você aceita a sua própria responsabilidade, você está livre para seguir em frente.

É somente quando você se relaciona com suas identidades passadas, como um ator se relaciona com seus papéis, que você se torna livre para ir aonde quer que deseje. Então, você está livre para entrar na consciência baseada no coração. Você não mais se apega a nenhum aspecto do que você foi no passado: vítima ou agressor, homem ou mulher, branco ou negro, pobre ou rico, etc. Quando você puder brincar com os aspectos da dualidade, e simplesmente usá-los quando eles lhe trouxerem alegria e criatividade, você terá alcançado o significado da vida na Terra. Você experimentará muita felicidade e uma espécie de regresso ao Lar. Isto porque você estará entrando em contato com a consciência subjacente aos diferentes papéis e identidades. Você estará tocando a base com a sua própria consciência divina outra vez... a percepção de que tudo é Unidade... em resumo: a realidade do amor.

Encerraremos este capitulo oferecendo-lhe dois exercícios, que podem ajudá-lo a entrar em contato com aquela corrente de Unidade, aquela corrente de consciência divina que é a corrente oculta de todas as suas experiências.

EXERCÍCIO 1

- Que características psicológicas, que você considera como partes de você, causam a maioria dos problemas em sua vida? Cite duas dessas características.

- Focalize os opostos dessas características. Assim, se você escolheu “impaciência”, ou “insegurança”, focalize-se agora nas suas contrapartes: paciência e confiança em si mesmo. Sinta a energia destas características por um momento.

- Volte-se para o seu interior e procure estas energias dentro de si mesmo. Cite três exemplos da sua própria vida, nos quais você exibiu estas características positivas.

- Agora que você está em contato com estas características positivas, permita que as energias delas fluam através de você e sinta como elas o equilibram.

EXERCÍCIO 2

- Relaxe e permita que a sua imaginação viaje para trás, até um momento no qual você se sentiu muito feliz. Pegue a primeira coisa que aparecer na sua mente. Sinta a felicidade novamente.

- Agora vá para um momento no qual você se sentiu extremamente infeliz. Sinta a essência do que sentiu naquele instante.

- Capte o que há de comum nas duas experiências. Sinta o que é igual nesses dois momentos.

Ambos os exercícios foram planejados para que você perceba a consciência subjacente, o “você” sempre presente em todas as suas experiências.

Este recipiente de consciência sempre presente, o transportador das suas experiências, é o “Você” Divino. É sua entrada para uma realidade além da dualidade: a realidade do coração.

Jeshua canalizado por Pamela Kribbe (www.jeshua.net)

DO EGO AO CORAÇÃO lll

LIBERANDO O VELHO

A transição da consciência baseada no ego para a consciência baseada no coração desenvolve-se ao longo de alguns estágios.

1.

Estar insatisfeito com o que a consciência baseada no ego tem para lhe oferecer, desejar “algo mais”: o começo do final.

2.

Começar a se conscientizar da sua dependência à consciência baseada no ego, reconhecendo e liberando as emoções e pensamentos que a acompanham: a metade do final.

3.

Permitir que as velhas energias baseadas no ego morram dentro de você, jogando fora o casulo, sendo seu novo ser:o final do final.

4.

O despertar de uma consciência baseada no coração, dentro de você, motivada por amor e liberdade; ajudar outros a fazerem a transição.

Falaremos agora do estágio três. Mas antes de fazê-lo, queremos assinalar que a transição não acontece através de um caminho reto e linear. Existem momentos em que você retrocede a um estágio que já tinha sido deixado para trás. Mas este retrocesso pode, mais tarde, levá-lo a um grande passo à frente. Assim, os desvios podem resultar em atalhos. Além disso, cada caminho espiritual de alma é único e individual. Portanto, este esquema que estamos oferecendo-lhe, de quatro estágios diferentes, deveria ser entendido, simplesmente, como uma forma de ressaltar alguns pontos críticos do processo. Os esquemas e as classificações são meros instrumentos que tornam visível uma realidade que não pode ser capturada pela mente (a sua parte mental).

Depois que você aceitou as suas feridas internas e curou as partes traumáticas da sua consciência, como descrevemos no capítulo anterior, a sua energia se modifica. Você está se desapegando de um você mais velho. Está criando espaço para um modo de ser e de vivenciar completamente novo. Neste capítulo, gostaríamos de explicar o que acontece energeticamente quando você libera a consciência centrada no ego. O que acontece energeticamente, quando você se move da dominação do ego para a consciência baseada no coração, é que o chakra cardíaco passa a ter precedência sobre a vontade do terceiro chakra.

Os chakras são rodas giratórias de energia, localizadas ao longo de sua coluna vertebral. Estes centros de energia estão todos relacionados com um tema particular da vida. Por exemplo: “espiritualidade” (chakra da coroa), “comunicação” (chakra da garganta) ou “emoções” (chakra do umbigo). Os chakras, até certo ponto, fazem parte da realidade material, já que estão relacionados com lugares específicos do seu corpo. Mas eles não são visíveis aos olhos físicos, portanto poderíamos dizer que eles subsistem entre o espírito e a matéria; eles fazem a ponte entre o vazio. Eles formam o ponto de entrada do espírito (sua consciência da alma), permitindo que ele tome a forma física e crie as coisas que estão acontecendo na sua vida.

O chakra do coração, localizado no centro de seu peito, é a sede da energia do amor e da unidade. O coração leva as energias que unificam e harmonizam. Quando você focaliza a sua atenção neste centro por um tempo, você pode sentir calor ou algo se abrindo. Se você não sentir nada, simplesmente deixe isso de lado e talvez tente em outro momento.

O chakra abaixo do coração é chamado de “plexo solar” e está localizado próximo ao seu estômago. É a sede do desejo. É o centro que focaliza sua energia na realidade física. Portanto, é o chakra que está conectado com questões de criatividade, vitalidade, ambição e poder pessoal.

O ego e a vontade estão intimamente relacionados. A faculdade da vontade permite-lhe colocar o foco em algo, seja interno ou externo. Suas percepções da realidade, tanto de si mesmo quanto dos outros, estão muito influenciadas pelo que você quer, por seus desejos. Seus desejos, freqüentemente, estão misturados com o medo. Muitas vezes você quer alguma coisa porque sente que tem necessidade disso; por trás da sua vontade, existe um sentimento de falta ou de necessidade. Devido ao medo que está presente em muitos dos seus desejos, o plexo solar é freqüentemente dirigido pela energia do ego. O ego se expressa especialmente através do plexo solar.

Através da faculdade da vontade, o ego literalmente pressiona a realidade. A realidade tem que ser forçada para aquilo em que o ego quer que você acredite. O ego trabalha a partir de um conjunto de presunções básicas a respeito de como a realidade funciona, as quais são todas baseadas no medo. Ele lhe apresenta um quadro da realidade altamente seletivo, uma vez que seu modo de ver é prejudicado pelas suas próprias necessidades e medos. Além disto, ele precisa colocar o julgamento em tudo o que observa. Não há lugar para a simples observação das coisas. Tudo precisa ser dividido em categorias, precisa ser rotulado como certo ou errado.

Quando você vive a partir do coração, não existe um conjunto fixo de crenças a partir das quais você interpreta ou dá valor aos fatos. Você já não mais sustenta fortes convicções sobre nada. Você passa a viver mais como um observador. Você adia os julgamentos morais sobre qualquer questão, já que sente que pode não ter compreendido tudo o que existe para compreender sobre a situação. Os julgamentos sempre têm algo de definitivo; mas o coração não está interessado em definições. Ele sempre procura ir mais além daquilo que parece definitivo ou definido. O coração é aberto, explorador e disposto a re-examinar, disposto a perdoar.

Quando você usa o poder da vontade centrado no ego, pode sentir algo pressionando seu chakra do plexo solar. Usar a sua vontade desta forma é um acontecimento energético, do qual você pode estar consciente, se quiser. Sempre que sentir esta pressão, acompanhada de um forte desejo de que as coisas aconteçam a seu modo, você está tentando moldar a realidade aos seus desejos. Você está tentando impor as suas crenças à realidade.

Quando você age a partir do coração, você segue o fluxo das coisas tal como ele se apresenta; você não está pressionando nem forçando.

Se você trabalha muito duro para obter algo, e falha várias vezes em alcançar as suas metas, por favor questione-se a partir de que chakra, a partir de que centro energético você está atuando. Você também pode entrar em sintonia com o seu coração e perguntar-lhe por que isso não está funcionando ou por que você tem que colocar tanta energia nisso.

Muitas vezes você tenta realizar certas metas, sem ter ido verdadeiramente para dentro de si mesmo e verificado com seu coração se isso realmente lhe serve, no seu caminho interior para a sabedoria e a criatividade. Além disso, mesmo que as suas metas realmente representem seus desejos mais profundos, sentidos a partir do coração, você pode ter expectativas irreais a respeito do período de tempo no qual as coisas irão acontecer. Você pode estar numa linha de tempo que não é a do coração, mas da vontade pessoal.

Existe um ritmo natural para todas as coisas, que não tem, necessariamente, a velocidade que você pensa que é desejável. A realização das suas metas requer que a energia seja modificada. A mudança de energia freqüentemente leva mais tempo do que você espera ou deseja. Na verdade, as mudanças de energia nada mais são do que você mesmo mudando.

Quando você tiver alcançado suas metas, você não será mais você. Você terá se tornado uma versão expandida de seu ser atual, com mais sabedoria, mais amor e mais poder interior. O tempo que leva para conseguir as suas metas é o tempo que leva para mudar a sua consciência, de tal modo que a sua realidade desejada possa entrar na sua realidade atual. Portanto, se você quiser acelerar as coisas, coloque o foco em você, e não tanto na realidade.

Com freqüência, você até precisa liberar as suas metas, para ficar aberto para receber. Isto soa paradoxal. Mas, de fato, estamos apenas dizendo que você precisa aceitar completamente sua realidade atual, antes que possa avançar para uma nova. Se você não aceita a sua realidade atual, e se agarra às suas metas de uma forma tensa, você não está movendo-se para frente.

Nada deixará a sua realidade, a menos que você a ame. Ama-la é igual a “libertá-la”.

A menos que você abrace a sua realidade atual e aceite-a como criação sua, ela não poderá deixá-lo, porque você está negando uma parte de si mesmo. Você está dizendo “não” àquela parte de você que criou esta realidade para você. Você gostaria de cortar esta parte indesejada de você e seguir em frente.

Mas você não pode criar uma realidade mais amorosa a partir do ódio por si mesmo. Não pode “colocar-se voluntariosamente” dentro de uma nova realidade, empurrando as partes indesejadas para o lado. O poder da vontade não lhe serve nesta situação. O que você precisa é entrar em contato com o seu coração. As energias da compreensão e a aceitação são os verdadeiros blocos da construção de uma realidade nova e mais satisfatória.

Quando você interage com a realidade a partir do coração, você permite que a realidade seja. Não procura modificá-la; você simplesmente e cuidadosamente observa o que ela é.

Quando o coração se torna o administrador do seu ser, o centro da vontade (o plexo solar) segue-o. O ego (ou a faculdade da vontade) não é eliminado, uma vez que ele cumpre naturalmente o papel de traduzir a energia do nível da consciência para o nível da realidade física. Quando esta tradução ou manifestação é guiada pelo coração, a energia da vontade cria e flui sem esforço. Nenhuma pressão ou esforço está envolvida. É neste momento que ocorre a sincronicidade: uma importante coincidência de fatos, que favorecem a realização de suas metas. Parece-lhe milagroso, quando as coisas trabalham juntas desta forma. Mas, na verdade, isto é o que acontece o tempo todo, quando você cria a partir do coração. A ausência de esforço é a “marca registrada” da criação a partir do coração.

CRIANDO A SUA REALIDADE A PARTIR DO CORAÇÃO

A verdadeira criatividade não está baseada na determinação e numa vontade forte, mas num coração aberto. Estar aberto e receptivo ao novo, ao desconhecido é vital para ser um verdadeiro criador. Então, uma chave para a verdadeira criatividade é a capacidade de não fazer nada: abster-se de fazer, fixar, focalizar. É a habilidade de colocar a sua consciência em um modo puramente receptivo, mas alerta.

É somente através de não saber, de deixar as coisas abertas, que você pode criar um espaço para que algo novo entre em sua realidade.

Isto vai contra aquilo que muita literatura da nova era fala sobre “criar a sua própria realidade”. É verdade que você cria a sua realidade o tempo todo. Sua consciência é criativa, quer você esteja consciente disso ou não. Mas quando você quer criar sua realidade conscientemente, como muitos livros e terapias ensinam, é essencial compreender que a forma mais poderosa de criar não está baseada na vontade (sendo ativo), mas na auto-consciência (sendo receptivo).

Toda mudança no mundo material – por exemplo, na área de trabalho, das relações ou do seu ambiente material – é um reflexo de mudanças no nível interno. É somente quando os processos de transformação interna terminam, que a realidade material pode responder, refletindo essa transformação de volta para você, mudando as circunstâncias em sua vida.

Quando você tenta criar a partir da vontade – por exemplo, focalizando-se ou visualizando suas metas o tempo todo – você ignora a transformação interna, que é o verdadeiro pré-requisito para a mudança. Você está criando de uma maneira artificial, e está destinado a decepcionar-se. Você não está criando a partir da profundidade da sua alma.

A alma fala com você nos momentos de silêncio. Você escuta verdadeiramente a voz dela, quando você não mais sabe. Muitas vezes, a alma fala muito claramente quando você desiste e se dá por vencido. O que acontece, quando você desiste e se desespera, é que você se abre para o novo. Você libera todas as suas expectativas e torna-se verdadeiramente receptivo ao que é.

O desespero é causado pela opinião forte que você tinha sobre o que deveria acontecer na sua vida. Quando a realidade não corresponde a estas crenças, você se decepciona e até se desespera de alguma forma. No entanto, se você desiste dessas fortes expectativas e se atreve a estar aberto para o novo, você não precisa atingir esse ponto de desespero, antes de entrar em contato com a sua alma outra vez. Você pode ficar quieto, receptivo e aberto ao que ela lhe diz, sem precisar decepcionar-se primeiro.

Enquanto você “sabe exatamente o que quer”, você geralmente está limitando as possibilidades que estão disponíveis energeticamente para você. Esta nova realidade que você está procurando, seja um trabalho, um relacionamento ou melhor saúde, contém muitos elementos que você desconhece. Muitas vezes, você pensa que o que você deseja é algo que você conhece (um bom trabalho, um parceiro amoroso), projetado no futuro. Mas isto não é assim. O que você está fazendo realmente, ao criar uma nova realidade, é ir para fora dos seus próprios limites psicológicos. E você não pode saber agora o que existe além destes limites.

Você pode perceber muito claramente que existe algo muito desejado ali, mas você não precisa limitá-lo, focalizando-o ou visualizando-o. Você pode simplesmente aguardá-lo com um sentimento de abertura e curiosidade.

Realmente, para criar a realidade mais desejável para você, a auto-aceitação é muito mais importante do que focalizar os seus pensamentos ou a sua vontade. Você não pode criar algo que você não é. Você pode recitar mantras milhares de vezes e criar muitas imagens positivas em sua mente, mas enquanto elas não refletirem o que você realmente sente (por exemplo: raiva, depressão, intranqüilidade), elas não criarão nada além de dúvida e confusão (“Estou trabalhando duro, mas nada acontece”).

A auto-aceitação é uma forma de amor. O amor é o maior imã para as mudanças positivas em sua vida. Se você se amar e se aceitar pelo que você é, atrairá circunstâncias e pessoas que refletirão o seu amor próprio. É simples assim.

Sinta sua própria energia, todos os seus sentimentos. Sinta o quanto você é belo e sincero neste momento, em todas as suas lutas e tristezas. Você É lindo, com todas as suas “imperfeições” e “falhas”. E essa é a única conscientização que conta. Abrace aquele que você é, relaxe consigo mesmo; talvez até olhe para os “seus inúmeros defeitos” com senso de humor. A perfeição não é uma opção que você conhece. É apenas uma ilusão. Criar sua realidade a partir do coração é reconhecer a sua Luz, aqui e agora. Ao reconhecê-la, ao se tornar consciente dela, você está semeando uma semente que crescerá e tomará forma no nível físico.

Quando Deus os criou como almas individuais, Ela ,(1) não exerceu sua Vontade. Ela estava simplesmente sendo Ela mesma e, em algum momento, sentiu que existia algo “lá fora” que merecia ser explorado. Ela não sabia exatamente o que era, mas era algo que a fez realmente sentir-se um pouco como se estivesse se apaixonando. E Ela assumiu, sem dificuldade, que Ela merecia experienciar esta nova e convidativa realidade. Ela também estava um pouco apaixonada por Si Mesma.

E então, vocês tomaram forma como almas individuais e Deus começou a experimentar a vida através de vocês. Como tudo isto aconteceu – os detalhes do processo da criação – Deus realmente não se preocupou com isso. Ela simplesmente amou a Si Mesma e ficou aberta à mudança. E estes são, realmente, os únicos elementos requeridos para que vocês criem sua própria e perfeita realidade: amor próprio e disposição para se aventurarem no novo.

ADAPTANDO-SE A VIVER A PARTIR DO CORAÇÃO

Criar a partir do coração é mais poderoso e requer menos esforço do que criar a partir do ego. Você não precisa preocupar-se com detalhes; necessita apenas estar aberto a tudo o que existe, tanto interna como externamente. Com esta abertura, você pode, de vez em quando, sentir um certo puxão. Pode sentir-se atraído para determinadas coisas. Este puxão é, na verdade, o silencioso sussurro de seu coração; é a sua intuição. Quando você age a partir da intuição, você está sendo puxado, em vez de estar impulsionando. Você não age enquanto não sente, no nível interno, que é adequado agir.

Como você está muito acostumado a impulsionar – por exemplo, utilizando a sua vontade para criar as coisas – a mudança energética do ego ao coração é bem desafiadora para você. A mudança requer uma tremenda “desaceleração”. Para realmente entrar em contato com o fluxo da sua intuição, você tem que fazer um esforço consciente para “não fazer”, para deixar que tudo seja. Isto se opõe a muito daquilo que lhe ensinaram e a que você está acostumado. Você está muito mais habituado a basear as suas ações nos pensamentos e na força de vontade. Você deixa que os seus pensamentos determinem as suas metas e usa a sua vontade para realizá-las. Isto é totalmente o oposto da criação a partir do coração.

Quando você vive a partir do coração, você escuta o seu coração e depois age de acordo com ele. Você não pensa; você escuta, com uma consciência alerta e aberta, o que o seu coração lhe diz. O coração fala através dos seus sentimentos, não através da sua mente. A voz de seu coração pode ser ouvida melhor, quando você se sente tranqüilo, relaxado e assentado.

O coração mostra-lhe o caminho para a realidade mais amorosa e alegre para você neste momento. Seus sussurros e sugestões não estão baseados no pensamento racional. Você pode reconhecer a voz do coração por sua delicadeza e pelo toque de alegria existente nela. A delicadeza existe porque o coração não impõe; não existem condições vinculadas às suas sugestões. Seu “eu- coração” não está amarrado às suas decisões e ele o ama, faça você o que fizer.

Viver a partir do coração não significa que você se torna passivo ou letárgico. Deixar que as coisas sejam, sem rotulá-las de certas ou erradas, sem empurrá-las para um lado ao invés de para o outro, requer muita força. É a força de estar totalmente presente, de enfrentar tudo o que existe e apenas observar. Você pode sentir-se vazio, ou deprimido, ou nervoso, mas não procura afastar estas coisas. Tudo o que você faz é envolvê-las com a sua consciência.

Você não compreende o verdadeiro poder da sua consciência. A sua consciência é feita de Luz. Quando você sustenta algo na sua consciência, há uma mudança por causa disso. Sua consciência é uma força curadora, se você não a limita com seu pensamento e seu vício de “fazer”.

Sua vida está ocupada pela ditadura da mente e da vontade, a primazia do pensar e do fazer. Observe que tanto a mente quanto a vontade trabalham com regras gerais. Existem regras gerais de pensamento lógico: são as regras da lógica. Existem estratégias gerais para transformar o pensamento em matéria; são as regras de “administração do projeto”. Mas são todos princípios gerais. As linhas gerais e as regras gerais sempre têm um componente mecânico. Elas são aplicáveis a todos ou à maioria dos casos individuais, senão seriam de pouca utilidade.

Agora, a intuição trabalha de maneira muito diferente. A intuição ajusta-se sempre a uma pessoa, em um momento particular. É altamente individualista. Portanto, não pode estar sujeita a uma análise racional ou a regras gerais. Portanto, viver e agir de acordo com a sua intuição exige um elevado nível de confiança, porque suas escolhas são baseadas somente no que você sente que é correto, e não naquilo que as regras de outras pessoas dizem que é correto.

Assim, viver a partir do coração não só exige que você libere o hábito de usar excessivamente sua mente e o poder de sua vontade, mas também o desafia a verdadeiramente confiar em si mesmo.

Levará algum tempo para você aprender a escutar o seu coração, a confiar nas suas mensagens e agir de acordo com elas. Mas quanto mais você fizer isso, mais vai entender que é somente entregando suas preocupações e dúvidas à sabedoria de seu próprio coração, que você vai encontrar a paz interior.

Quando você seguir por este caminho e entrar no terceiro estágio da transformação do ego para coração, você encontrará a paz interior pela primeira vez. Você perceberá que a ânsia de controlar a realidade através do pensamento e da vontade é que o deixa inquieto e ansioso.

Quando você libera o controle, você permite que a magia da vida se desenvolva. Tudo o que você precisa fazer é escutar – estar alerta ao que está acontecendo em sua vida, aos sentimentos que você tem em relação a outras pessoas, aos sonhos e desejos que você tem. Quando você está alerta ao que está acontecendo dentro de você, a realidade lhe provê de toda a informação que você precisa para agir adequadamente.

Por exemplo, você pode estar consciente de um desejo em seu coração por uma relação amorosa, na qual você se comunica verdadeiramente com o outro. Se você simplesmente perceber e aceitar este desejo, sem procurar fazer algo a respeito dele, você ficará assombrado com a forma pela qual o Universo responderá a isso. Sem forçar nenhuma conclusão, apenas sustentando o desejo na Luz da sua consciência, o seu chamado será escutado e respondido.

Pode levar mais tempo do que você espera, porque existem mudanças energéticas que precisam ocorrer antes que certos desejos possam ser satisfeitos. Mas você é o mestre, o criador da sua realidade energética. Se você criá-la a partir do medo, a realidade responderá de acordo com ele. Se você criá-la com confiança e entrega, você receberá tudo o que deseja e mais.

(1)N.T:- Ao ser questionada sobre o tratamento de Deus no feminino, neste parágrafo e no próximo, Pamela responde: “Eu me refiro a Deus, tanto como ‘Ele’ quanto como ‘Ela’, simplesmente para chamar a atenção para o fato de que Deus é ambos – masculino e feminino.”.

Jeshua canalizado por Pamela Kribbe (www.jeshua.net)



EXPLORANDO SUAS FERIDAS INTERNAS

Distinguimos quatro passos na transformação da consciência baseada no ego para a consciência baseada no coração:

1.

Estar insatisfeito com o que a consciência baseada no ego tem para lhe oferecer, desejar “algo mais”: o começo do final.

2.

Começar a se conscientizar da sua dependência à consciência baseada no ego, reconhecendo e liberando as emoções e pensamentos que a acompanham: a metade do final.

3.

Permitir que as velhas energias baseadas no ego morram dentro de você, jogando fora o casulo, sendo seu novo ser:o final do final.

4.

O despertar de uma consciência baseada no coração, dentro de você, motivada por amor e liberdade; ajudar outros a fazerem a transição.

Neste capítulo discutiremos o passo 2.

Quando você para de se identificar com o ego, primeiro você entra num estado de confusão sobre quem você é. Esta confusão pode ser profunda e de natureza muito filosófica. Você começa a fazer perguntas sobre o significado da vida, sobre o bem e o mal, sobre o que você realmente sente e pensa, em oposição àquilo que os outros lhe ensinaram a sentir e pensar. De repente, estas perguntas são muito reais para você e têm uma relação direta com as escolhas que você faz no seu dia a dia. Você olha para si mesmo e pensa:“Este sou eu? É isto que eu quero?” É difícil fazer escolhas agora, uma vez que nada é evidente por si mesmo.

De fato, você agora está dando um passo para trás, um passo nas profundezas: um passo para dentro. Você torna-se consciente de partes mais profundas de si mesmo, partes que estão menos condicionadas por sua educação e por sua sociedade. Você recebe alguns vislumbres de quem você verdadeiramente é: sua singularidade, sua individualidade. Você se lembra que existe uma parte de você que não é dependente de nada que o rodeia: nem dos seus pais, nem do seu trabalho, nem dos seus relacionamentos e nem sequer do seu corpo. É nesse momento que você sente – vagamente – a sua divindade, a parte de você que é completamente ilimitada e eterna.

Na realidade, todos vocês são seres multidimensionais: vocês podem (e assim o fazem) manifestar-se em varias realidades diferentes ao mesmo tempo. Vocês não estão ligados a um padrão de tempo linear. Sua atual personalidade é apenas um aspecto da entidade multidimensional que vocês são. Quando vocês se derem conta de que sua expressão atual como um ser humano físico é simplesmente um aspecto de vocês, irão além dela e poderão entrar em contato com o Ser Superior que vocês são.

Mas antes de conseguirem isto, precisam curar as partes feridas dentro de vocês.

Viver de acordo com as ordens e exigências do ego criou feridas psicológicas dentro de vocês. Deixar ir a consciência baseada no ego cria, inicialmente, confusão, dúvidas e desorientação.

Depois deste primeiro passo, vocês entram em um novo estágio: o de observar, compreender e curar suas feridas internas. Falaremos sobre este estágio agora.

Com o ego no controle, as suas ações e pensamentos basearam-se no medo durante um bom tempo. De uma certa forma, você perseguia ferozmente os seus desejos de poder, reconhecimento e controle. Com isto, você desvirtuava a sua própria natureza. Seu comportamento baseava-se em modelos externos ao invés de se basear nas suas próprias e verdadeiras necessidades. Além disto, você não era capaz de amar realmente alguém, já que o amor se opõe completamente à necessidade de controlar ou dominar. Todo este estado de consciência constituiu um ataque à integridade da sua alma. A alma sofreu sob o reinado do ego.

Quando você se liberta da prisão e da influência do ego, esta dor interna torna-se mais visível para você. Ela se expõe a você – nua e crua – despojada de máscaras. Entretanto, você ainda não sabe como lidar com esta dor, já que ainda está num estado de confusão e desorientação. Geralmente, você passa por uma etapa de julgamento das suas feridas internas, porque elas parecem levá-lo a padrões negativos de comportamento: dependências, depressão, mudanças de humor incontroláveis, problemas de comunicação, dificuldades nas relações íntimas.

Este julgamento de si mesmo inflige mais dor à alma, que está começando a voltar-se para a Luz. Ela está se desapegando da necessidade de poder e de controle, ela está se tornando mais sensível... e então ela é surpreendida pelo auto-julgamento.

Muitas pessoas estão vagando nesta terra de ninguém entre o ego e o coração. Elas estão buscando uma realidade mais amorosa, mas ainda se encontram ao alcance do chicote do ego.

Na verdade, não é a sua ferida interna que o faz tornar-se presa do que você considera “aspectos negativos” de si mesmo. É o seu julgamento da ferida que causa a negatividade. Se você olhar para si mesmo com uma atitude de aceitação, você não vai ver uma personalidade dependente, depressiva ou fracassada. Você vai ver apenas a dor interna que precisa ser atendida e cuidada da forma mais gentil e bondosa possível.

O passo mais importante no estágio dois da transição do ego ao coração é que você está querendo entender a sua dor interna: aceite-a, compreenda as suas origens e permita que ela exista.

Se você consegue perceber o núcleo de medo que é inerente a todas as expressões de consciência centrada no ego, você penetrou a realidade da consciência baseada no coração. Por mais censurável que seja o comportamento de alguém, se você reconhecer a dor, a solidão e a necessidade de auto-proteção que existe por trás disso, você entra em contato com a alma que está apresentando o comportamento negativo. Assim que você percebe a alma amedrontada, você é capaz de perdoar.

Isto acontece primeiramente em relação a você mesmo.

Pense em algo que você realmente deteste em si mesmo – algo que realmente o aborreça e do qual você acha que já deveria ter se livrado há muito tempo. Pode ser insegurança, preguiça, impaciência, ou uma dependência: qualquer coisa que você sinta que não deveria mais estar aí. Agora procure entender o motivo real por trás deste aspecto ou tendência. O que o obriga a sentir ou fazer certas coisas várias e várias vezes? Você consegue perceber um elemento de medo dentro das suas motivações?

Repare que, logo que você compreende que existe medo, você amadurece internamente, sentindo algo como: “Oh, Deus, eu não sabia que estava tão atemorizado! Eu o ajudarei!” Então há tolerância em suas atitudes. Há amor e perdão.

Enquanto você percebe os comportamentos baseados no medo – tais como agressão, dependência, subserviência, vaidade, etc... – como “maus”, “pecaminosos” ou “tolos”, você está julgando. Mas julgar é uma atividade baseada no medo. Você já percebeu que, quando você se julga, torna-se duro internamente? Parece que alguma coisa aperta, como lábios pressionando-se ou olhos resfriando-se. Por que precisamos julgar as coisas? Qual é a necessidade de reduzir as coisas a certo ou errado? Qual é o medo por trás da nossa necessidade de julgar? É o medo de enfrentarmos a nossa própria sombra interior. É, essencialmente, o medo de viver.

Ao se desapegar da consciência baseada no ego, você vai querer desenvolver uma forma completamente nova de ver as coisas. Esta forma de ver pode ser melhor descrita como neutra, querendo dizer que simplesmente observa o que é, sem interesse em como as coisas “deveriam ser”. As causas e os efeitos do comportamento baseado no ego são observados, o núcleo de medo inerente a ele é reconhecido, e então o ego se torna realmente transparente para você. E tudo o que é transparente para você pode ser abandonado, se você quiser.

Todo o ser humano conhece o medo. Cada um de vocês conhece a sombra e a solidão de estar envolvido no medo. Quando o medo se mostra abertamente no rosto de uma criança, a maioria das pessoas reage instantaneamente estendendo as suas mãos. Mas quando o medo se mostra de forma indireta, através de máscaras de violência e brutalidade, parece imperdoável. Quanto mais destrutivo e cruel é o comportamento, mais difícil é perceber o medo e a desolação que existem por trás dele. Mesmo assim, vocês são capazes de percebê-lo.

A partir das profundezas da sua própria experiência de medo e desolação, você pode entrar em contato com o profundo medo nas almas dos assassinos, seqüestradores e criminosos. Você consegueentender as ações deles. E se fizer isso, baseado nas suas próprias experiências íntimas com a escuridão, você pode liberar isso tudo. Você pode deixar que tudo isso exista, sem a necessidade de julgar nada. Se você verdadeiramente entender o medo como um poder que existe e com o qual você está totalmente familiarizado através de suas experiências de vida, você pode deixar de julgar. O medo não é nem bom e nem mau. O medo É, e possui um determinado papel a desempenhar.

Em certos aspectos, muito difíceis de serem expressos em conceitos humanos, o medo é tanto uma bênção quanto uma tortura. De qualquer modo, a escolha de permitir a existência do medo em sua realidade não foi feita para vocês. Vocês foram o Deus – por assim dizer – que permitiu que o medo desempenhasse um papel indispensável na sua realidade. Vocês fizeram isto, não para se torturarem, mas PARA CRIAREM, para criarem uma realidade que tivesse mais substância, mais “plenitude” do que um mundo baseado unicamente em amor. Compreendo que isto pode parecer inacreditável, mas talvez vocês possam entender intuitivamente o que estou procurando dizer aqui.

O medo é uma parte viável da criação. Onde há medo, não há amor. Onde não há amor, o amor pode ser encontrado de formas novas e imprevisíveis. Uma ampla variedade de emoções pode ser explorada, e inclusive criada, pela ausência do amor. A ausência do amor pode ser sentida de várias formas. A presença do amor só pode sersentida quando se tem o medo como plano de fundo. Se não fosse assim, o amor ficaria todo difuso e vocês não poderiam percebê-lo como tal.

Portanto, ao criarem o medo, ao se arremessarem para fora do oceano de amor que os rodeava, vocês se permitiram experimentar o amor pela primeira vez. Compreendem?

Vocês não criaram o amor, mas criaram a experiência do amor. Para fazer isto, vocês precisavam de um oposto, algo que não fosse amor, e utilizaram o medo como instrumento. Nós, do outro lado do véu, podemos ver claramente o papel espiritual que o medo desempenha na sua realidade. Sendo assim, nós lhes suplicamos, mais uma vez, que não julguem. Por favor não julguem o medo e a escuridão que ele traz, nem em vocês mesmos e nem em qualquer outro ser. Todos vocês foram criados do amor e para o amor devem retornar.

Quando você entra no segundo estágio do processo de transformação do ego ao coração, você se confronta com sua dor interna, com seus medos, e é convidado a olhá-los com compreensão e aceitação.

Depois de se conscientizar da sua dor interna e do seu medo, você pode passar primeiro por um período de auto-julgamento, no qual pode apresentar um comportamento destrutivo. Pode parecer que você está andando para trás em vez de para frente. Nesse ponto, você se encontra na zona perigosa, na terra de ninguém entre o ego e o coração. Você sabe que quer se livrar do velho, mas ainda não pode realmente abraçar o novo, e então é pego pela desconfiança de si mesmo e pela autocrítica. O ponto decisivo ocorre quando você deixa de julgar-se – pelo menos por um tempo.

Só quando você está preparado para olhar para si mesmo com uma atitude de interesse e abertura, é que você penetra a realidade da consciência baseada no coração. Antes disso, você está meramente comparando-se com um modelo artificial ou um ideal, para o qual, na maioria das vezes, você é deficiente. Você se bate por isso, e tenta outra vez se forçar a se encaixar naquele molde que você criou para si mesmo, na sua cabeça.

Digo-lhe que este padrão de perfeccionismo é uma arma assassina. É totalmente o oposto do amor. O amor verdadeiramente não compara e, mais importante, nunca quer forçá-lo a nada e nem modificá-lo de nenhuma forma. O amor não tem olhos para o que deveria ser. A própria natureza do “deveria” está ausente da consciência do coração. Na visão do coração, as qualidades morais sempre são formas de interpretar ou “dividir” a realidade. Elas são idéias na sua cabeça e, como você sabe, elas podem diferir muito de cabeça para cabeça. A própria necessidade de estabelecer modelos e definir o que é bom é precursora do conflito humano e da guerra. Não são tanto as idéias que causam a agressão e o conflito, mas a necessidade implícita de controlar e fixar.

Os ideais políticos, pessoais ou espirituais, os padrões de saúde, beleza e higiene, todos estabelecem modelos de como as coisas deveriam ser, de como você deveria comportar-se. Todos eles procuram fixar e definir o que é BOM.

Mas o AMOR não está interessado em definir o Bom. Não está interessado nas idéias, mas na realidade. O amor se volta para o que é real.

O coração está interessado em tudo o que existe, em cada expressão real de vocês, as destrutivas e as construtivas. Ele simplesmente observa; ele simplesmente está aí, envolvendo-o com a sua presença, se você o permitir.

Se você se abre para a realidade do amor, a realidade do coração, você se desapega do julgamento. Você aceita quem você é neste momento. Você percebe que você é o que é em virtude de uma multiplicidade de razões, as quais você agora vai investigar e explorar.

Quando este momento chega, é uma grande bênção para a alma. Então você é capaz de curar a si mesmo. De vez em quando você recairá na autocrítica, mas agora você tem uma memória consciente de como se sente o amor. E enquanto a tiver, você voltará a encontrá-la de novo, porque experimentou o doce perfume do Lar outra vez.

No segundo estágio da transição do ego ao coração, você entra em contato mais íntimo consigo mesmo. Você dá uma olhada mais de perto na sua bagagem do passado. Você revive suas memórias (dolorosas) – memórias desta vida, talvez memórias de vidas passadas. A bagagem psicológica que você carrega de todas as suas vidas, até o presente, constitui a sua identidade atual. Você pode olhar para esta bagagem como uma mala cheia de roupas. Você representou muitos papéis no passado, assumiu muitas identidades, exatamente como peças de vestuário. Você acreditou tão firmemente em alguns desses papéis, que chegou a considerá-los parte da sua identidade. “Este sou eu”, você pensa de tais papéis ou “vestimentas”.

Entretanto, quando você investiga verdadeiramente o que estes papéis têm a ver com você, descobre que você não é eles. Você não é os papéis psicológicos ou identidades que você assume. Você não é as suas roupas. Você utilizou estes papéis por uma necessidade de experiência sentida pela alma.

A alma se deleita com todas essas experiências, porque elas são partes do processo de aprendizagem com o qual ela se comprometeu. Considerando desta forma, todas as experiências são úteis e valiosas.

Quando você olha mais de perto para os seus próprios papéis ou identidades, você logo percebe que existiram experiências dolorosas, inclusive traumáticas, no seu passado, que ainda “grudam” em você. Você parece incapaz de se livrar delas. Elas se tornaram uma “segunda pele”: pele, ao invés de simples vestimenta.

Esses são elementos difíceis do seu passado; são as peças que agora o impedem de viver verdadeiramente e de desfrutar a vida. Você se identificou tanto com estas partes, que você pensa que é elas. Por causa disto, você sente que é uma vítima e daí tira uma conclusão negativa sobre a vida. Mas estas conclusões não se referem à vida como tal, elas só se referem às partes traumatizadas da consciência da sua alma.

São estas partes que precisam de cura agora. Você fará isto, entrando no passado outra vez, mas com uma consciência muito mais amorosa e sábia do que você jamais teve. No segundo estágio do processo de transformação do ego ao coração, você cura episódios do passado, envolvendo-os com a sua consciência do presente. Ao re-experimentar esses acontecimentos no presente, a partir de um foco centrado no coração, você libera as partes traumáticas do seu passado.

O trauma ocorre quando você experimenta uma grande perda ou dor ou maldade, e não consegue entender porque isto acontece. Todos vocês experimentaram o trauma, em muitas de suas vidas. De fato, a consciência da alma durante o estágio do ego é traumatizada desde o início: existe a perda da Unidade ou Lar, que ela se lembra e não compreende.

Quando você volta ao acontecimento traumático original, através da imaginação, e o envolve com a consciência do coração, você muda a sua reação original a esse acontecimento. Você muda a reação de horror e incredulidade, para uma simples observação do que acontece. Na regressão, você simplesmente observa o que aconteceu, e este simples ato cria espaço para a compreensão, espaço para a compreensão espiritual do que realmente aconteceu nesse evento. Quando este espaço se faz presente, você torna-se mestre da sua realidade outra vez. Então você é capaz de chegar a uma aceitação do fato completo, já que compreende, a partir do coração, que há significado e propósito em cada coisa que acontece. Você pode sentir, a partir do coração, que há um elemento de livre escolha presente em tudo o que ocorre, e então você desenvolve uma aceitação da sua própria responsabilidade pelo acontecimento. Quando você aceita a sua própria responsabilidade, você está livre para seguir em frente.

É somente quando você se relaciona com suas identidades passadas, como um ator se relaciona com seus papéis, que você se torna livre para ir aonde quer que deseje. Então, você está livre para entrar na consciência baseada no coração. Você não mais se apega a nenhum aspecto do que você foi no passado: vítima ou agressor, homem ou mulher, branco ou negro, pobre ou rico, etc. Quando você puder brincar com os aspectos da dualidade, e simplesmente usá-los quando eles lhe trouxerem alegria e criatividade, você terá alcançado o significado da vida na Terra. Você experimentará muita felicidade e uma espécie de regresso ao Lar. Isto porque você estará entrando em contato com a consciência subjacente aos diferentes papéis e identidades. Você estará tocando a base com a sua própria consciência divina outra vez... a percepção de que tudo é Unidade... em resumo: a realidade do amor.

Encerraremos este capitulo oferecendo-lhe dois exercícios, que podem ajudá-lo a entrar em contato com aquela corrente de Unidade, aquela corrente de consciência divina que é a corrente oculta de todas as suas experiências.

EXERCÍCIO 1

- Que características psicológicas, que você considera como partes de você, causam a maioria dos problemas em sua vida? Cite duas dessas características.

- Focalize os opostos dessas características. Assim, se você escolheu “impaciência”, ou “insegurança”, focalize-se agora nas suas contrapartes: paciência e confiança em si mesmo. Sinta a energia destas características por um momento.

- Volte-se para o seu interior e procure estas energias dentro de si mesmo. Cite três exemplos da sua própria vida, nos quais você exibiu estas características positivas.

- Agora que você está em contato com estas características positivas, permita que as energias delas fluam através de você e sinta como elas o equilibram.

EXERCÍCIO 2

- Relaxe e permita que a sua imaginação viaje para trás, até um momento no qual você se sentiu muito feliz. Pegue a primeira coisa que aparecer na sua mente. Sinta a felicidade novamente.

- Agora vá para um momento no qual você se sentiu extremamente infeliz. Sinta a essência do que sentiu naquele instante.

- Capte o que há de comum nas duas experiências. Sinta o que é igual nesses dois momentos.

Ambos os exercícios foram planejados para que você perceba a consciência subjacente, o “você” sempre presente em todas as suas experiências.

Este recipiente de consciência sempre presente, o transportador das suas experiências, é o “Você” Divino. É sua entrada para uma realidade além da dualidade: a realidade do coração.

Jeshua canalizado por Pamela Kribbe

www.jeshua.net

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