No seu trajeto evolutivo para purificar-se, a centelha espiritual recebe da hierarquia solar de Anael o “direito” de encarnar. Unido à centelha energética material o espírito penetra no mundo manifestado, reino do manto materno que é o berço de toda a vida nas suas múltiplas cores e formas, é o reino da natureza pura dos quatro elementos.
Neste novo reino se aplicam novas leis e novas regras, desconhecidas até então à centelha do espírito que estava acostumada na liberdade absoluta, percorrendo espaços infinitos sem limites com todo o criado aos seus pés.
Ela que estava sem peso e sem medida, adaptando-se instantaneamente a qualquer ambiente, identificando-se com as formas mais abstratas e fugazes, saltitando sempre alegre na liberdade do mundo das idéias e das formas, a sua imaginação era a sua realidade absoluta. Sempre atenta à menor das impressões captadas pelos seus sentidos aguçados e despertos, sem barreiras, sem empecilhos, imersa na claridade sem fim da luz do infinito, pai de todas as coisas.
Agora, em seu novo trajeto, recebendo a centelha energética material, está em novas condições, aceitou a nova lei, o karma planetário, acabou unindo-se à força densa dos elementos, tornou-se parte da matéria, vestiu-se com uma nova roupagem. É aqui que poderá purificar-se, é nesta densa atmosfera que lhe dá forma e a faz nascer em novos mundos, que deverá viver o sonho da matéria, para lutar e superar a imagem de si mesma, a sua própria verdade projetada no ego material, fruto deste novo elemento planetário. Aqui é o seu calvário e a sua cruz sobre a qual deverá nascer a rosa da verdade, aquela verdade que outrora era toda sua. A centelha espiritual estava radiante e poderosa na sua jornada até o momento em que a sua atenção foi atraída e por um lapso deixou-se enganar pelo fascínio das trevas.
Agora ela não pode mais fazer as suas revoadas sem que primeiro tenha o controle sobre a cruz que está carregando. Esta é a cruz dos elementos da natureza, obra prima da grande mãe, como expressão de amor pelas suas criaturas, o remédio amargo porem certo para poder voltar ao seio do grande rio da vida, à casa suprema do Pai.
Neste novo ambiente tudo mudou, os sentidos tornaram se menos aguçados e o peso do corpo, que agora já tem dimensões, limita os movimentos, é necessário acionar a força da vontade, é necessário lutar para conseguir as coisas que estão no pensamento, o mundo da imaginação agora fica num campo restrito e irreal. “Com o suor do teu rosto comeras o teu pão” diz A Lei.
Uma grande letargia cai sobre o espírito, o cansaço toma conta e tudo se torna difícil. O sol se põe, a escuridão envolve e a sensação das trevas aumenta. A terra treme e a fúria das tempestades começa com a sua tormenta.
A centelha agora encarnada está no meio da fúria dos quatro elementos, está desolada, desamparada, porque tem que seguir o caminho traçado pela grande lei projetada pelos três senhores do karma universal.
A união das duas forças, espírito e matéria criaram um terceiro elemento, a fusão entre os dois fez surgir uma nova entidade, um novo estado de consciência: A Alma. Ela, a centelha, encolheu-se, ficou no interior da sua própria alma, projetando para o exterior os seus anseios. Desde então desabrochou no âmago da alma a ânsia pelo conhecimento da verdade, na busca incessante de alcançar as esferas superiores do ser e do vir a ser, lá onde se encontra a sua verdadeira natureza. A força da fé reforça o elo com o divino e guia a centelha no caminho da perfeição e do seu reencontro consigo mesma.
Ela vê tudo e sente tudo, mas precisa impor a sua vontade que é a suprema expressão do espírito que a impulsiona para as conquistas infinitas. Por ora está à mercê das forças da natureza e sente uma força gigantesca fazendo a agir de acordo com a sua parte externa, a sua alma que é filha dos deuses, mas ao mesmo tempo filha dos quatro elementos, e inicialmente a eles (aos quatro elementos) ela quer seguir.
A alma é a chama pura acesa sobre o altar da vida. Ela contém em si a semente da luz divina que busca incessantemente o caminho da sua origem, o retorno à casa suprema do pai celestial, ela é o ente instável que está em contínua transformação, causada pela ação das sensações e pela vibração das emoções
São necessárias muitas encarnações e muitas lutas internas para que a centelha possa, aos poucos, através da alma manifestar a sua vontade neste mundo intermediário que se criou, e que não é nem a matéria densa e nem o espírito puro e irradiante; esta câmara do meio é o resultado da fusão das duas forças antagônicas, uma densa, inerte, e condensada e a outra leve, livre e irradiante.
A alma esta representada pelo hexágono central e nele se manifesta o ego que é o reflexo da luz do espírito sobre a matéria, ele é o foco central da alma humana.
O triângulo espiritual que através da encarnação penetrou e se entrelaçou com o triângulo material formou 6 intersecções que representam a manifestação dos 6 raios espirituais, sendo que o sétimo raio, que é o raio central, é a conexão do eu espiritual com a alma universal.
O hexágono é o mundo manifestado, a alma do universo em constante transformação rumando em direção à luz.
Dentro da alma universal o raio divino expressa-se em seis formas, cada uma com características próprias complementares uma da outra, formando uma coroa de luz. Este é o mundo manifestado e sustentado pelo sétimo raio, o raio de Mickael, aquele que é como Deus.
São cinco reinos que deve percorrer e superar: no primeiro vivencia o mundo mineral; no segundo reino vivencia o mundo vegetal; no terceiro reino vivencia o mundo animal; o quarto reino é etérico onde cada pensamento materializa a sua vontade criadora. O quinto reino está no limiar do espírito é elétrico astral, onde toda a atividade material e mental cessou e a centelha encontra-se num campo infinito de luz, que banha toda a sua natureza.
Enquanto a gota da água que percorre os rios e as terras distantes não retornar ao mar da vida, não haverá paz duradoura. Transformações gigantescas ocorrerão até que na sua última jornada, a gota de água, que é a nossa centelha divina, juntar-se-á ao grande rio que ruma ao mar de todas as águas.
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