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Palavras ditas por Buda (Gautama), há mais de 2500 anos... E ainda hoje são atitudes que precisamos tanto ouvir!! Não acredite em tudo sem analisar!!

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sobre o Amor (Parte II)


O que é o amor para a maioria de nós? 
Quando dizemos que amamos uma pessoa, o que queremos dizer? 
Queremos dizer que possuímos a pessoa. 

Da posse nasce o ciúme, porque se eu o perder, ou a perder, o que acontecerá? me sentirei vazio, perdido. Por conseguinte, legalizo a posse, retenho-o, ou retenho-a em meu poder. Do possuir a pessoa, resulta o ciúme, resulta o temor e os inumeráveis conflitos inerente a posse. Ora, posse não é amor, é?

O amor, por certo, não é um sentimento. 

Ser sentimental, ser emotivo, não é indício de amor, porque a sentimentalidade e a emoção, não passam de meras sensações. 

A pessoa religiosa, que chora por Jesus, por Krishna, por seu guru ou por outro qualquer, é apenas sentimental, emotiva. Está se deixando dominar pela sensação, que é um processo do pensamento e o pensamento não é amor. 

O pensamento é resultado da sensação; assim, a pessoa sentimental, emotiva, não pode, de modo algum, conhecer o amor. Não somos emotivos e sentimentais? 

A sentimentalidade, a emotividade, são apenas uma forma de auto-expansão. Estar cheio de emoção não é amor, por certo, porque uma pessoa sentimental pode ser cruel, quando seus sentimentos não são correspondidos, quando não pode dar expansão aos sentimentos. 

Uma pessoa emotiva pode ser incitada ao ódio, à guerra, ao morticínio. O homem sentimental, lacrimosamente religioso, esse homem por certo não tem amor. 

- Krishnamurti - A primeira e última liberdade - Cultrix 

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