Os princípios de transparência e de acesso universal, que devem constituir os pilares da Internet, estão mais ameaçados do que nunca , adverte um dos fundadores do Google, Sergey Brin, que qualifica como as principais inimigas da liberdade na rede, as companhias Facebook e Apple.
Essas empresas "constroem jardins murados inacessíveis e restritivos" e controlam totalmente suas plataformas, assegurou o empresário russo no contexto de uma entrevista concedida ao jornal britânico The Guardian.
Preocupado com o que ele considera como um momento mais comprometido na história da rede, Brin afirma que jamais tinha sido capaz de criar o Google com seu sócio, Larry Page, se naquela época a internet estivesse dominada pelo Facebook. "Temos que seguir as suas regras, que são muito restritivas e sufocam qualquer inovação", proclamou.
Censura crescente
Sob o pretexto de segurança, o controle necessário de propriedade intelectual e pornografia infantil, os governos ao redor do mundo buscam cada vez mais restringir o acesso à Internet e exercer o controle excessivo sobre seus cidadãos, que se convertem em seus inimigos, diz o empresário.
Segundo Brin, tentando usar a rede para permanecer no poder e controlar o que nunca deveria ter que ser controlado", poderosas forças operam por todos os lados e em todo o mundo."
Google, também envolvido
Brin reconheceu que existem internautas preocupados com a quantidade de dados pessoais que estão atualmente no alcance das autoridades norte-americanas, uma vez que estão disponíveis nos servidores da Google. O empregador admitiu que o mecanismo de busca se viu obrigado a entregar periodicamente informações sobre os usuários às autoridades norte-americanas e, às vezes, inclusive, não tinham o direito de notificá-los devido às restrições legais existentes.
"Fazemos todo o possível para proteger os dados. Se pudéssemos usar uma varinha mágica para não ter que obedecer a lei dos Estados Unidos, seria genial", concluiu o empresário, ressaltando que o fato é uma prova clarada gravidade da situação que estamos vivendo.
Fonte: RT Russia
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