O psicólogo americano Abraham Maslow, autor da famosa teoria sobre a hierarquia da importância das necessidades humanas, propôs que todos nós temos cinco níveis de necessidades: fisiológicas (por exemplo, a comida e o sexo), segurança (a segurança do corpo e dos recursos), relacionamento (amizade e família),estima (autoestima e respeito dos outros) e a realização pessoal (auto-realização e espontaneidade). Neste artigo vamos tratar da estima, o quarto nível desta hierarquia. Vamos tratar principalmente de dois dos seus componentes mencionados acima: a autoestima e o respeito.
Aquelas pessoas que rebaixam a autoestima dos seus interlocutores ou que não os respeitam estão cometendo um erro gravíssimo, uma vez que estas são duas necessidades básicas da nossa espécie. Quem age desta forma causa um grave desconforto em seus interlocutores, o que gera dificuldades para iniciar, desenvolver e manter relacionamentos amorosos.
A estima de uma pessoa é muito afetável pelo conteúdo e pela forma da conversa, principalmente pela polidez ou falta de polidez por parte da outra pessoa. A palavra “polidez”, tal como está sendo utilizada aqui, significa “tato para se relacionar” e não ser “chique”, saber usar os talheres ou usar o tipo certo de roupa nas recepções sociais. Muitas pessoas que são “chiques”, neste segundo sentido, são extremamente grosseiras nos seus relacionamentos sociais.
Manifestações da polidez
Cada pensamento pode ser expresso através de muitas palavras e de muitas formas diferentes. Por exemplo, ele pode ser expresso através de diversas palavras que tenham significados semelhantes, através de diversos tons de voz e de forma direta ou indireta. Muitos destes vocabulários e formas de expressão, além de comunicar as idéias, também expressam, simultaneamente, diferentes graus de polidez.
Polidez marcada e polidez não marcada
As culturas geralmente possuem códigos de conduta, não escritos e pouco conscientes, que prescrevem como as pessoas devem se portar durante uma conversa.
A polidez é denominada “não marcada” quando ela não vai além daquilo que é estipulado pela cultura e praticado pela maioria das pessoas. Este tipo de polidez passa despercebido - ela é considerada “normal” pela maioria das pessoas. Quando ela não é praticada nas ocasiões em que é esperada, aquele que a omitiu é visto como impolido, rude e não-educado. Por exemplo, dizer “obrigado” quando alguém fornece uma pequena informação “nada mais é do que obrigação”.
A polidez é denominada “marcada” quando ela vai um pouco além daquilo que é estipulado pela cultura. Quem pratica este tipo de polidez é considerado “polido”. Por exemplo, abrir a porta do carro para a namorada ou ajeitar a cadeira para que ela se sente em um restaurante é uma polidez marcada. Quem a pratica é classificado como polido porque, atualmente, a maioria dos homens não age mais desta forma.
A polidez é denominada “não marcada” quando ela não vai além daquilo que é estipulado pela cultura e praticado pela maioria das pessoas. Este tipo de polidez passa despercebido - ela é considerada “normal” pela maioria das pessoas. Quando ela não é praticada nas ocasiões em que é esperada, aquele que a omitiu é visto como impolido, rude e não-educado. Por exemplo, dizer “obrigado” quando alguém fornece uma pequena informação “nada mais é do que obrigação”.
A polidez é denominada “marcada” quando ela vai um pouco além daquilo que é estipulado pela cultura. Quem pratica este tipo de polidez é considerado “polido”. Por exemplo, abrir a porta do carro para a namorada ou ajeitar a cadeira para que ela se sente em um restaurante é uma polidez marcada. Quem a pratica é classificado como polido porque, atualmente, a maioria dos homens não age mais desta forma.
Manifestações da polidez
Existem muitas formas de ser polido ou impolido. Vamos examinar aqui algumas formas de ser polido. A polidez pode ser manifestada:
(1) através de ações que expressam respeito e visam o bem-estar da outra pessoa
Este tipo de polidez é constituído por vários pequenos cuidados com a outra pessoa. Exemplos:
o Abrir a porta e deixá-la passar primeiro; ajeitar a cadeira ou ceder o lugar para ela se sentar; deixá-la se servir do alimento primeiro.
A maioria destas ações é mais esperada por parte do homem em relação a uma mulher. Quando ambos os parceiros são do mesmo sexo, este tipo de polidez é mais esperado por parte daquele que tem menos poder no relacionamento.
o Ao telefonar, verificar o grau de disponibilidade da outra pessoa para conversar e ajustar a duração da comunicação a partir desta informação.
o Recepcioná-la condignamente. Exemplo: Quando estiver conversando com ela, cessar outras atividades para lhe dar toda a atenção.
o Apresentar reparações quando tiver que fazer algo que cause desconforto nela, como levar flores ou apresentar uma justificativa para o que foi feito.
Este tipo de polidez é constituído por vários pequenos cuidados com a outra pessoa. Exemplos:
o Abrir a porta e deixá-la passar primeiro; ajeitar a cadeira ou ceder o lugar para ela se sentar; deixá-la se servir do alimento primeiro.
A maioria destas ações é mais esperada por parte do homem em relação a uma mulher. Quando ambos os parceiros são do mesmo sexo, este tipo de polidez é mais esperado por parte daquele que tem menos poder no relacionamento.
o Ao telefonar, verificar o grau de disponibilidade da outra pessoa para conversar e ajustar a duração da comunicação a partir desta informação.
o Recepcioná-la condignamente. Exemplo: Quando estiver conversando com ela, cessar outras atividades para lhe dar toda a atenção.
o Apresentar reparações quando tiver que fazer algo que cause desconforto nela, como levar flores ou apresentar uma justificativa para o que foi feito.
(2) através da comunicação
A polidez através da comunicação deve ser manifestada pelo ouvinte e pelo falante através da comunicação não-verbal e da comunicação verbal, através da forma e do conteúdo daquilo que está sendo comunicado.
Os seguintes cuidados devem ser tomados por todos os participantes de uma conversa:
• Tornar a conversa agradável para a outra pessoa
• Contribuir para que ela seja bem-sucedida na sua tentativa para projetar uma boa imagem de si. Por exemplo, se ela tentar se apresentar como uma pessoa engraçada, altruísta ou vítima, tentar cooperar, dentro do razoável, para que tenha sucesso nesta tentativa.
• Contribuir para que a outra pessoa tenha um papel importante na conversa. Por exemplo, não reduzi-la a mera espectadora passiva e não forçá-la a desempenhar um papel ativo por obrigação.
• Respeitar a dignidade dela. Por exemplo: quando tiver que falar algo comprometedor ou constrangedor para ela, procure fazer isso em particular e não em público.
A polidez através da comunicação deve ser manifestada pelo ouvinte e pelo falante através da comunicação não-verbal e da comunicação verbal, através da forma e do conteúdo daquilo que está sendo comunicado.
Os seguintes cuidados devem ser tomados por todos os participantes de uma conversa:
• Tornar a conversa agradável para a outra pessoa
• Contribuir para que ela seja bem-sucedida na sua tentativa para projetar uma boa imagem de si. Por exemplo, se ela tentar se apresentar como uma pessoa engraçada, altruísta ou vítima, tentar cooperar, dentro do razoável, para que tenha sucesso nesta tentativa.
• Contribuir para que a outra pessoa tenha um papel importante na conversa. Por exemplo, não reduzi-la a mera espectadora passiva e não forçá-la a desempenhar um papel ativo por obrigação.
• Respeitar a dignidade dela. Por exemplo: quando tiver que falar algo comprometedor ou constrangedor para ela, procure fazer isso em particular e não em público.
Polidez por parte do ouvinte
Ouvir ativamente o que o outro está dizendo pode ser tão ou mais importante do que falar coisas interessantes para ele. Uma das piores coisas é conversar com alguém que não dá importância para aquilo que estamos falando ou que mostra má vontade para nos ouvir. Exemplos de maneiras de ouvir ativamente:
o Ouça atentamente.
o Sempre que possível, acolha o que a pessoa está dizendo. Mesmo quando discordar tente ver o que ela está dizendo sob o ponto de vista dela.
o Não interrompa demais.
Ouvir ativamente o que o outro está dizendo pode ser tão ou mais importante do que falar coisas interessantes para ele. Uma das piores coisas é conversar com alguém que não dá importância para aquilo que estamos falando ou que mostra má vontade para nos ouvir. Exemplos de maneiras de ouvir ativamente:
o Ouça atentamente.
o Sempre que possível, acolha o que a pessoa está dizendo. Mesmo quando discordar tente ver o que ela está dizendo sob o ponto de vista dela.
o Não interrompa demais.
Polidez do falante
o Sempre que possível, fale coisas que reconheçam e realcem os méritos do interlocutor.
o Evite falar coisas desagradáveis e usar um tom de voz desagradável.
o Quando for inevitável falar coisas desagradáveis, adote formas de falar que amenizem os impactos negativos desnecessários.
o Sempre que possível, fale coisas que reconheçam e realcem os méritos do interlocutor.
o Evite falar coisas desagradáveis e usar um tom de voz desagradável.
o Quando for inevitável falar coisas desagradáveis, adote formas de falar que amenizem os impactos negativos desnecessários.
Vamos ver agora alguns recursos específicos que podem ser usados pelo falante polido.
Uso de amenizadores
O uso de amenizadores consiste em substituir uma formulação desagradável por outra mais amena. As principais destas formas de amenizar são as seguintes:
1 - Usar a comunicação indireta quando for dizer algo que ameace a estima do interlocutor
Exemplos
• Substituir uma ordem (mais coercitiva) por pergunta (menos ameaçadora):
Por exemplo: ao invés de dizer “Abra o vidro do carro”, diga “Você poderia abrir o vidro?” ou “Está abafado aqui, não é?”
• Apresentar uma pergunta que equivale a uma reprovação
Ao invés de dizer: “Não quero que você faça isso”, diga “Você não vai fazer isto de novo, vai?”.
• Apresentar uma confissão de incompreensão que equivale a uma crítica
Ao invés de dizer: “Você não foi claro”, diga “Não entendi o que você disse”.
Exemplos
• Substituir uma ordem (mais coercitiva) por pergunta (menos ameaçadora):
Por exemplo: ao invés de dizer “Abra o vidro do carro”, diga “Você poderia abrir o vidro?” ou “Está abafado aqui, não é?”
• Apresentar uma pergunta que equivale a uma reprovação
Ao invés de dizer: “Não quero que você faça isso”, diga “Você não vai fazer isto de novo, vai?”.
• Apresentar uma confissão de incompreensão que equivale a uma crítica
Ao invés de dizer: “Você não foi claro”, diga “Não entendi o que você disse”.
2 - Usar desatualizadores
Os desatualizadores são recursos que distanciam quem fala, aquilo que está sendo dito ou aquele que está recebendo a mensagem daquilo que está sendo falado. Por exemplo:
• Uso do condicional
“Se você puder fazer isso, eu agradeço.”
• Uso do passado da polidez
Diga “Você poderia...?”
• Uso de pronomes que despersonalizam o autor da frase.
Ao invés de dizer “Eu...”, diga “Nós...”, “A Gente...” (“A gente poderia ir ao cinema?”).
Os desatualizadores são recursos que distanciam quem fala, aquilo que está sendo dito ou aquele que está recebendo a mensagem daquilo que está sendo falado. Por exemplo:
• Uso do condicional
“Se você puder fazer isso, eu agradeço.”
• Uso do passado da polidez
Diga “Você poderia...?”
• Uso de pronomes que despersonalizam o autor da frase.
Ao invés de dizer “Eu...”, diga “Nós...”, “A Gente...” (“A gente poderia ir ao cinema?”).
3 - Usar afirmações retóricas
• Litotes: é uma figura de linguagem onde uma afirmação é substituída pela negação do contrário
Ao invés de dizer que uma pessoa é feia, diga que ela não é bonita.
• Eufemismo: é o uso de termos mais agradáveis para suavizar uma afirmação. Diga “Vamos dar um tempo” ao invés de dizer “Não quero mais namorar você”.
• Tropo comunicacional: falar para uma pessoa quando, de fato, quer mandar uma mensagem para uma terceira que está ouvindo.
• Litotes: é uma figura de linguagem onde uma afirmação é substituída pela negação do contrário
Ao invés de dizer que uma pessoa é feia, diga que ela não é bonita.
• Eufemismo: é o uso de termos mais agradáveis para suavizar uma afirmação. Diga “Vamos dar um tempo” ao invés de dizer “Não quero mais namorar você”.
• Tropo comunicacional: falar para uma pessoa quando, de fato, quer mandar uma mensagem para uma terceira que está ouvindo.
4 - Usar fórmulas especializadas de polidez
Por exemplo: “Por favor”, “desculpe-me”.
Por exemplo: “Por favor”, “desculpe-me”.
5 - Apresentar um enunciado preliminar para se desculpar por um desconforto que vai causar no interlocutor.
Por exemplo: “Sei que você vai ficar com raiva de mim, mas não poderei te levar ao aeroporto.”
Por exemplo: “Sei que você vai ficar com raiva de mim, mas não poderei te levar ao aeroporto.”
6 - Deixar uma saída para o interlocutor ao fazer um pedido
Por exemplo: “Eu gostaria de sair na quinta, mas se você estiver muito ocupado podemos deixar para o fim de semana.”
Por exemplo: “Eu gostaria de sair na quinta, mas se você estiver muito ocupado podemos deixar para o fim de semana.”
7 - Usar diminutivos para suavizar o desconforto daquilo que será dito.
Por exemplo: “Posso falar um minutinho com você?”
Por exemplo: “Posso falar um minutinho com você?”
8 - Usar modalizadores:
Estabelecer uma distância entre o sujeito da enunciação e o conteúdo do enunciado. Isto dá um ar menos autoritário:
Por exemplo: “Eu penso...”, (creio, tenho a impressão etc.).
Estabelecer uma distância entre o sujeito da enunciação e o conteúdo do enunciado. Isto dá um ar menos autoritário:
Por exemplo: “Eu penso...”, (creio, tenho a impressão etc.).
9 - Usar desarmadores: servem para antecipar e diminuir uma possível reação negativa ao que vai ser dito.
Por exemplo: “Não queria importunar você...”
Por exemplo: “Não queria importunar você...”
10 - Usar o apagamento da referência direta aos interlocutores
Por exemplo: “É bom cultivar as amizades” ao invés de dizer “Você cuida pouco dos amigos”.
Por exemplo: “É bom cultivar as amizades” ao invés de dizer “Você cuida pouco dos amigos”.
Seja polido e faça mais sucesso nos seus relacionamentos!
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