Ensinamentos de colaboradores da Luz que escolheram trabalhar nas trevas socorrendo, auxiliando e esclarecendo almas:
Não julgueis: Há mais verdades entre o céu e a terra que desconheceis! (Minhas palavras, mas para os que preferem as de filósofos conhecidos, Lá vai para contentamento de vossos EGOS: O que escrevi se assemelha ao que William Shakespeare escreveu um dia:
"Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia"
Ao ler o texto, absorva aprendizados e deixe seu EGO de lado; Afinal, como eu sempre digo: Do TODO, uma parte sempre serve; Peguemos as partes boas e descartemos as que não nos aprouver. (Isso me lembrou Hermógenes quando disse sobre a "junção") ..
Beijinhos iluminados e boa leitura!
O Senhor Guardião, um Exu da Capa Preta já me mostrou certa vez que o perdão é uma
chave que abre todas as portas.
Como seria isso, se eu perdoo o outro que me machuca, que me trai, que assalta, que me
magoa, que me agride? Não seria o perdão a chave da prisão desse outro e não da minha?
Se assim for, sou eu a dona da liberdade daquele que erra para comigo e ele depende de mim para
libertar-se.
Pois examinando bem a minha consciência, percebo que o perdão que me dão pelos meus
erros não é condição suficiente para me libertar das culpas que carrego.
Exu, que chave é essa? De onde vem?
É uma chave quase mágica, de poderes ilimitados, diz ele. Então ele me faz ver ao longo de
minha vida, a força e o poder de cada perdão sincero que concedi.
O perdão me liberta das lembranças de todo mal que me foi feito, me limpa a alma. Retira de
mim todo ódio, todo rancor, todo desejo de vingança. Deixa-me leve como uma pluma que flutua.
Olha, filha, ele diz.
E eu olho as manchas que carrego em decorrência de meus atos que atentaram contra as leis
supremas. A cada perdão concedido elas vão se enfraquecendo e já não me consome tanto a culpa
que antes me açoitava o coração. Um peso vai sendo retirado das minhas costas a cada vez que
decido deixar as cobranças com aquele que tem poder e autorização para isso.
Agora veja criança, observa ele mais uma vez. E vai me mostrando a fila de cobradores que
atordoada vai fazendo meia volta e retornando. A lei suprema não permitiu que eles me cobrassem
daqueles erros que eu já fui capaz de perdoar. Respiro aliviada ao sentir que aquilo que me ligava a
eles já não existe mais, meus últimos sentimentos de rancor vão se evaporando e no lugar deles
sinto uma profunda compaixão até mesmo por estes que estavam a me cobrar e que um dia
prejudiquei. Mas, estranho, não sinto mais culpa. Ela se foi...
Olho para esse guardião da longa capa preta e ele me diz; filha estenda os braços agora.
Estendo os dois braços e vejo algemas aprisionando meus pulsos. Ele pega a chave do
perdão que me havia mostrado pouco antes e abre as algemas. Para sempre? Eu pergunto, já sem
conter as lágrimas. E ele responde; enquanto você tiver merecimento para carregar essa chave do
perdão que conquistou, não haverá algemas ou portas que possam lhe prender. Poderá transitar por
todos os lugares sem medo de que alguém venha a lhe cobrar por dívidas que hoje você é capaz de
perdoar. Entende agora, filha?
Entendi Senhor Guardião, naquele dia, que o perdão que eu penso que concedo ao outro é a
mim mesma que eu concedo. Perdoando o outro daquilo que me faz hoje eu perdoo a mim mesma
pelo que fui capaz de fazer aos meus irmãos em tempos remotos, dos quais não me lembro de
mais...
Possa eu carregar essa chave por longos dias.
E possa eu contar essa história a outras pessoas, para que possam refletir sobre a sabedoria
que encerram as palavras do Senhor Exu da Capa Preta.
Salve o Senhor e a sua banda!
Laroyê Exu!
Enviado carinhosamente por: Vânia Rodrigues Silva
E-mail: silvavr@uol,com.br
Jornal Nacionall de Umbanda, Edição de junho/2011
chave que abre todas as portas.
Como seria isso, se eu perdoo o outro que me machuca, que me trai, que assalta, que me
magoa, que me agride? Não seria o perdão a chave da prisão desse outro e não da minha?
Se assim for, sou eu a dona da liberdade daquele que erra para comigo e ele depende de mim para
libertar-se.
Pois examinando bem a minha consciência, percebo que o perdão que me dão pelos meus
erros não é condição suficiente para me libertar das culpas que carrego.
Exu, que chave é essa? De onde vem?
É uma chave quase mágica, de poderes ilimitados, diz ele. Então ele me faz ver ao longo de
minha vida, a força e o poder de cada perdão sincero que concedi.
O perdão me liberta das lembranças de todo mal que me foi feito, me limpa a alma. Retira de
mim todo ódio, todo rancor, todo desejo de vingança. Deixa-me leve como uma pluma que flutua.
Olha, filha, ele diz.
E eu olho as manchas que carrego em decorrência de meus atos que atentaram contra as leis
supremas. A cada perdão concedido elas vão se enfraquecendo e já não me consome tanto a culpa
que antes me açoitava o coração. Um peso vai sendo retirado das minhas costas a cada vez que
decido deixar as cobranças com aquele que tem poder e autorização para isso.
Agora veja criança, observa ele mais uma vez. E vai me mostrando a fila de cobradores que
atordoada vai fazendo meia volta e retornando. A lei suprema não permitiu que eles me cobrassem
daqueles erros que eu já fui capaz de perdoar. Respiro aliviada ao sentir que aquilo que me ligava a
eles já não existe mais, meus últimos sentimentos de rancor vão se evaporando e no lugar deles
sinto uma profunda compaixão até mesmo por estes que estavam a me cobrar e que um dia
prejudiquei. Mas, estranho, não sinto mais culpa. Ela se foi...
Olho para esse guardião da longa capa preta e ele me diz; filha estenda os braços agora.
Estendo os dois braços e vejo algemas aprisionando meus pulsos. Ele pega a chave do
perdão que me havia mostrado pouco antes e abre as algemas. Para sempre? Eu pergunto, já sem
conter as lágrimas. E ele responde; enquanto você tiver merecimento para carregar essa chave do
perdão que conquistou, não haverá algemas ou portas que possam lhe prender. Poderá transitar por
todos os lugares sem medo de que alguém venha a lhe cobrar por dívidas que hoje você é capaz de
perdoar. Entende agora, filha?
Entendi Senhor Guardião, naquele dia, que o perdão que eu penso que concedo ao outro é a
mim mesma que eu concedo. Perdoando o outro daquilo que me faz hoje eu perdoo a mim mesma
pelo que fui capaz de fazer aos meus irmãos em tempos remotos, dos quais não me lembro de
mais...
Possa eu carregar essa chave por longos dias.
E possa eu contar essa história a outras pessoas, para que possam refletir sobre a sabedoria
que encerram as palavras do Senhor Exu da Capa Preta.
Salve o Senhor e a sua banda!
Laroyê Exu!
Enviado carinhosamente por: Vânia Rodrigues Silva
E-mail: silvavr@uol,com.br
Jornal Nacionall de Umbanda, Edição de junho/2011
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