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domingo, 28 de agosto de 2011

Os chakras - Segunda parte


Centros de energia fazem ligações entre os canais sutis
Na primeira parte deste tema - veja aqui -  vimos que os três principais “nadis” ou canais sutis por onde circulam energias são Pingala (esquerdo), Ida (direito) e Sushumna (central), que correm ao longo da coluna vertebral (serpenteando-a) e são ativados pela respiração.
E que os chakras são plexos nervosos localizados na frente de cada glândula do sistema endócrino, fazendo ligações entre esses canais de energia nervosa. Foram descritos os três primeiros dos principais chakras: Muladhara, Svadhishthana e Manipura. Confira os outros quatro:
AnahataChakra do coração ou plexo cardíaco. O coração do lótus, onde reside o amor. Anahata significa som interno e sua cor é o verde, que identifica o inconsciente benéfico. (É também associada ao vermelho e ao rosa, para remeter ao amor universal, incondicional.)
Doze pétalas lembram os 12 signos do zodíaco e a forma geométrica é um semicírculo. Anahata representa o poder de dominar o elemento ar, ou seja, a comunicação entre o indivíduo e o cosmo através da respiração. O “Bija Mantra”, ou som, do ar é “yam”.
Os órgão desse chakra são o coração e os pulmões e ele governa o sistema cisrculatório e locomotor, além de influenciar as funções da glândula timo, o sentido do tato, a respiração e a deglutição.
No centro do Anahata dois triângulos sobrepostos formam uma estrela de 6 pontas, símbolo do equilíbrio entre o masculino e o feminino. Esse chakra é a sede de “Jivatma”, a alma individual, e de “Mamas”, a mente.
A meditação sobre Anahata domina o ego, leva o indivíduo a ultrapassar as fronteiras do plano físico e a desenvolver os poderes sutis. Na escalada evolutiva, o homem começa a atingir esse chakra.
VishuddhaPuro e etéreo são os significados do nome do chakra da garganta. Para os yogues, ele é o centro da grande pureza. Sua cor é o índigo e o símbolo geométrico, o triângulo invertido, tendo no seu interior um círculo: o fogo que envolve e domina a água. Tem como elemento o éter, cujo som é “ham”. São 16 as pétalas do lótus de Vishuddha, que comanda as ramificações nervosas, transmissoras de sensações a todo o corpo.
Este chakra controla a audição, a pele, a boca e a respiração. Seu órgão de ação é a tireóide, glândula que governa o metabolismo corpóreo controlando a “transformação” da matéria corpórea e mental, e vice-versa. O plexo relacionado é a faringe.
A meditação em Vishuddha leva a uma liberação e a um domínio sobre a matéria, podendo ser ouvidos sons mais sutis; nele se originam as notas musicais.
AjnaSeu nome significa centro de comando. É o terceiro olho, situado entre as sobrancelhas, símbolo da visão total, da superação da dualidade entre interior e exterior, entre físico e mental, consciente e inconsciente. Traz em sua representação apenas duas pétalas e a cor púrpura (ou azul).
Sua glândula é a hipófise, reguladora de todo o sistema psiconeuroendócrimo. O som é o “OM”, origem de todos os sons, o verbo criativo. “OM” representa a fusão do corpo físico com a alma e o espírito, a fusão de Brahma, o Criador, Vishnu, o Preservador, e Shiva, o Destruidor. E também o passado, o presente e o futuro.
A meditação sobre este chakra leva ao desenvolvimento da autoconsciência, à telepatia e à clarividência.
SahasraraSituado no topo da cabeça, entre o corpo físico e o corpo sutil, astral. É considerado um ponto focal transcendente – o ponto de Brahman –, por onde a alma (“Jiva”) entra no momento do nascimento e por onde sai no momento da morte, mas que permanece fechado em todos os períodos da vida. Seu plexo relativo é o cérebro. A abertura desse chakra ocorre no momento da plena realização, quando se alcança a iluminação (“Samadhi”). Sua cor é violeta e o lótus possui mil pétalas abertas.
Simbolismo da coroa com o lótus de mil pétalas, no Sahasrara Chakra
Existem outros chakras de menor importância ao longo do corpo, e cada qual representa uma etapa evolutiva da humanidade. Os chakras visualizados pelos yogues durante a meditação mantêm sempre a mesma forma e a mesma posição; só a cor pode mudar (razão pela qual há diferentes atribuições cromáticas em suas representações e imagens segundo os vários autores).
Referências: A Luz do Yoga, B.K.S. Iyengar / Yoga – Manual Prático, Gabriella Al-Chamal

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