Silenciar sobre o defeito dos outros é caridade.
Silenciar sobre sua própria pessoa é humildade.
Silenciar diante do sofrimento alheio é covardia.
Silenciar quando o outro está falando falando é delicadeza.
Silenciar quando o outro espera uma palavra é omissão.
Silenciar quando não há necessidade de falar é prudência.
O silêncio tem um poder muito maior de trazer resultados em uma relação do que falar e expor os fatos que a todos incomodam.
Saber a hora de calar é compreender a necessidade de reflexão, mas identificar a hora certa de falar ou calar é que trará luz aos fatos.
Sempre existe uma causa para um comportamento inadequado e errar é inerente à toda natureza humana, é inclusive necessário para o nosso aprendizado na vida; só evoluimos através dele.
A decadência de um relacionamento começa quando não conseguimos mais enxergar nada de positivo no outro;
Quando não existe intenção e boa vontade de um dos parceiros em relevar os aspectos negativos do outro.
Qualquer forma de expressão é mais saudável que a tortura de conviver com o silêncio do outro. Diz a canção: "dói mais teu silêncio que tua agressão".
Um grande filósofo já disse: "Você quer ter razão ou prefere ser feliz?"
Evitaríamos muita coisa nos calando, silenciando, mas muita coisa também seria evitada se falássemos, se nos comunicássemos, se tivéssemos diálogo e consideração pelo outro.
Esse silêncio inoportuno, na hora errada, é também uma forma de violência.
É uma situação velada que não causa tanto impacto na sociedade quanto a violência física, por não existir manifestação explícita e aparente de agressão, porém é uma realidade tão cruel quanto a outra; a diferença é que a segunda deixa marcas visíveis, contudo na primeira, as feridas podem ser mais profundas e perigosas, porque se trata de uma violência emocional.
A violência emocional destrói a auto-estima do outro.
A agressão verbal é uma violência também, mas é real, concreta, deixa para o outro uma oportunidade de "concluir algo e de ter uma referência".
O silêncio indiferente ou a simples ausência de diálogo, é a omissão de um comentário ou argumento esperado para o momento e, portanto, machuca muito mais.
Amor se demonstra em atitudes concretas.
Mesmo com todas as dificuldades da vida, quando ainda existe respeito, perseverança e disposição de compreender, alegria em compartilhar, vemos os dias seguirem com o fortalecimento dos laços quem unem um casal.
É no dia-a-dia que se solidificam os relacionamentos.
Sentimentos que não são traduzidos em atos não alcançam o outro e quando nossas atitudes demonstram mais ressentimento e indiferença que afeição ficamos atordoados, sem chão.
Lembre-se:
Amor, atenção, carinho e amizade não se pedem. Apenas se recebem.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro e que ouve isso do outro.
O silêncio é plenitude de comunicação.
Evitar silêncio negativo do mau-humor, da agressividade, do desgosto, da raiva e, principalmente, da "ausência", é demonstrar sensibilidade, afetividade e respeito.
O silêncio quando é amor, fala e quando é desamor, agride.
O ato de falar e o de calar precisam um do outro, pois quem fala quer ser ouvido e para ouvir é preciso calar.
Sim... eu tenho urgentemente que aprender a me calar mais. Tenho que aprender a arte de silenciar só por amor.
"Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e principalmente sabedoria para distinguir umas das outras."
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