Esteja aberto para...
Alguma vez você já se perguntou se estaria ficando louco, tentando entender se o problema era você ou as pessoas à sua volta?
Muitos de nós, se não todos, certamente já passaram por situações que nos deixaram totalmente desconfortáveis. Como se repentinamente nada do que fosse falado ou mesmo ouvido fizesse mais sentido. Repentinamente - ainda -, você se dá conta de que todas as palavras ouvidas e mesmo as proferidas por você parecem mais com sons distantes, confusos. Você percebe que aquele sentido seu de perceber a realidade de nada te serve mais, ficou obsoleto, e tem a nítida noção de que está mudando, mas se angustia porque ainda não sabe para qual destino isso tudo vai levar...
Vc está no caminho do não sei...
Perceba que toda a fala anterior deixa de ter sentido e quando, ao olhar para dentro do seu universo pessoal, pela primeira vez fica sem saber o que retirar dele para dar prosseguimento à sua jornada.
Todos nós crescemos em ambientes que de algum modo puderam nos dar alguma compreensão sobre nós mesmos e sobre o mundo.
O que acontece é que, apesar de parecer estranho, mas muito mais natural do que se imagina, é que em dado momento de nossas vidas (isso acontece com todos nós) parece que ficamos desconectados de tudo e que as linhas que continham este mundo perderam todo o seu sentido essencial.
O que ocorre é que em determinado momento, fatalmente as nossas estruturas de valores serão atingidas e o Eu que sempre se sentiu confortável para agir, baseado nos valores apreendidos, perderá o rumo anteriormente traçado. Como os valores são uma das principais ferramentas para que possamos nos estabelecer física e ativamente como identidades auto-reconhecíveis no mundo, este momento de ruptura tende a ser um dos mais preciosos.
Esta é a virada pela qual tudo o que você pode ter entendido até aqui como importante, relacionado tanto à sua expansão pessoal, como ao seu contexto social podem mudar drasticamente de rumo; o seu Eu interior - na busca de um amadurecimento maior - começa a persistir numa mais profunda e verdadeira satisfação pessoal.
Colocado de outro modo, o Eu interior possui um movimento ininterrupto e criativo de conhecimento de si mesmo. Às vezes, quando a vida se torna muito repetitiva, mesmo sem que tenhamos clareza acerca desta fase, somos nós mesmos a provocar as aparentemente mais absurdas e impensáveis transformações nos nossos cenários. E estas podem ocorrer das mais diversas formas, isso porque somos altamente criativos. Um alerta aqui é para que estejamos suficientementetrabalhados, posto que as nossas criações de mudança de realidade podem ser assustadoras enquanto estivermos atrelados inconscientemente a crenças negativas.
Por isso a importância do autoconhecimento e da transformação deliberada, consciente. Sempre.
É importante saber que, de início, ficar lúcido é trabalhoso. Imagine que você se verá, por escolha pessoal, obrigado a sair de situações viciadas que efetivamente de nada contribuem para o seu crescimento. E por vezes, quando você menos esperar, acaba derrapando ainda no antigo modo de ser! (por mais que permaneçamos focados, isso acaba nos pegando - são os vícios - aconteceu recentemente comigo e qdo pude me ver, "brequei" a ação repetitiva - moldes antigos)
No estágio seguinte temos o prazer da conquista de nós mesmos, de saber pela própria experiência que somos capazes de mudar e de nos inserirmos em novas situações, numa dádiva constante. Aqui a grande diferença é que você conquistou as suas mudanças de modo consciente e isso efetivamente muda toda a sua percepção frente à realidade. Muda a qualidade do prazer de existir. Você passa a ter a certeza de que é criador de sua própria vida e pode usufruir todo o novo que se apresenta, porque já sabe que é imensamente criativo e, melhor, sabe como tirar proveito disso tudo.
Note que vivemos num multiverso em que não é tudo que está nas nossas mãos, mas a capacidade de lidar com a existência de modo criativo e prazeroso, com certeza está.
Tendo conquistado seus momentos criativos de transformação, o Eu interior acaba por consolidar aquilo que ele capitalizou tomando mais e mais consciência sobre si mesmo. Estruturas e limites são construídos para que o seu conhecimento se estabeleça. Tudo o que não tem a ver com o processo do momento deve ficar de fora, leis são estabelecidas para que se continue num processo infinito de autosignificação.
Neste momento de transformação o território da nossa identidade é garantido através dos novos pontos de referência que surgem.
Se você se identificou com esse processo, abra um espaço único dentro de si mesmo, sem medo para se aventurar em territórios desconhecidos e novos. Saiba que é exatamente aqui que você não se perde, ao contrário, se ganha.
Mas lembre-se sempre do quesito: autoconhecimento...
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