A cada mudança de ciclo eleva-se a voltagem energética que permeia o planeta. Esse processo reflete-se em cada ser vivente e, especialmente hoje, facilita a aproximação da energia monádica à consciência externa dos indivíduos, trazendo transformações em todos os níveis de existência. Essas reestruturações demandam reajustes no ser, o que muitas vezes provoca conflitos. Nesses momentos, é preciso paciência consigo mesmo, compaixão e amor-sabedoria, energias que fazem parte da arte de viver.
Se nos níveis internos de um indivíduo há a decisão de assumir uma vida estritamente espiritual e de pureza, ele pode defrontar-se com resistências do eu consciente e dos corpos ao buscar realizá-la. Quando essas resistências emergem, as ligações da matéria dos corpos com forças negativas podem ocasionar distorções de conduta. Porém, se o eu consciente reconhece suas limitações e se empenha em entregar-se, dá-se uma purificação, preparo requerido para a cura total que poderá ocorrer posteriormente.
Não é indicado manter a atenção nas próprias dificuldades. Segundo a lei espiritual, a Vontade Suprema sabe, antes de nós, o que nos é necessário. Urge, sim, entrega e vigilância. Desse modo pode-se prosseguir sem muitos erros. O auxílio interno está sempre disponível e, graças a ele, em muitos momentos é possível não se deixar enevoar nem permitir que a energia se disperse.
Esse auxílio vem ao encontro do ser de maneira indescritível, desde que persista em sua ascese mesmo sabendo que a perfeição está distante do que ele exprime; que confie na manifestação da vida divina e que avance sem se deixar abater pelas quedas.
Extraído do livro “O Nascimento da Humanidade Futura”, de Trigueirinho – Págs. 52 a 53
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